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Eleitores chegaram em um ônibus e uma van |
O candidato ao cargo de prefeito Paulo César Sotero, que perdeu a eleição na cidade de Santa Luiza do Itanhy,procurou nessa terça-feira, 7, o Ministério Público Federal para denunciar compra de votos por parte do prefeito reeleito da cidade, Adalto Amor. Junto com ele, Paulo Sotero trouxe um ônibus e uma van cheia de eleitores para testemunhar contra Adalto, além de um caminhão com camas, colchões e blocos que, segundo os eleitores, teriam sido dados pelo prefeito em troca dos votos.
Como afirmou Paulo Sotero, já tinham sido expedidas várias recomendações contra o prefeito por ele estar distribuindo dinheiro, colchões, material de construção e até chapas. Os eleitores confirmaram que receberam o material que teria sido entregue na madrugada do sábado para o domingo.
Muitos deles inclusive reconheceram que sabiam que aceitar os produtos era crime, mas que mesmo assim não recusaram, pois estavam precisando. Questionados porque só após o pleito resolveram denunciar, afirmaram que foram motivados pelo resultado das urnas, já que Adalto foi novamente eleito para administrar a cidade.
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Clécia Maria: "aceitei o dinheiro porque estava precisando |
Recebi 20 reais para votar no atual prefeito. Aceitei porque estava precisando, mas não votei nele. A população da cidade está bastante revoltada com a situação, pois nós não queríamos que ele tivesse sido eleito”, disse Clécia Maria dos Santos, umas das eleitoras que veio de Santa Luzia do Itanhy.
A procuradora geral Eunice Dantas, que estava presente no Ministério Público Federal na hora do acontecimento, explicou que ainda é cedo para ter qualquer posicionamento e que não é papel do MPF agir nesses casos. Diante disso e com a ausência do procurador regional Eleitoral, Paulo Guedes, que estava em sessão no Tribunal Regional Eleitoral, ela solicitou à Polícia Federal a instauração de um inquérito policial para apuração do caso.
“Para mim esse é um fato inusitado, pois nunca vi um eleitor devolver o que recebeu por compra de
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Caminhão com camas e colchões que teriam sido utilziados para comprar votos |
votos. Eles precisam lembrar que podem inclusive ser penalizados por isso, já que receber algo em troca de voto é ilícito eleitoral. Encaminhei o grupo para a Polícia Federal para a instauração do inquérito e posterior apuração”, explicou.
A procuradora completou dizendo que o caso ficará ou com o promotor eleitoral de Umbaúba ou, como Adalto Amor possui foro privilegiado por ser prefeito, com o procurador Paulo Guedes.