Portal Infonet- Por que quer se envolver na política?

Minho San Liver - Eu gosto muito de política, mas tinha alguns receios com relação à política partidária.  Sou pedagogo e como pedagogo eu filosofo muito. Penso muito sobre educação, que é o principal pilar para a melhoria do mundo. Quando se pensa em desenvolvimento social e econômico a base para isso, repito, chama-se educação. Por ser artista sou um cara muito de sentidos. Enquanto pedagogo me deparo com duas concepções muito fortes: a liberal e a  emancipadora. Eu sou sujeito disso e tenho uma preocupação muito forte com as pessoas que estão mais próximas. Quero que elas possam se emancipar política e socialmente. Sendo uma pessoa imbuída desses sentidos não tinha como não aceitar quando fui questionado se queria ser vice.

Infonet- O que pretende fazer para que o vice não seja um personagem à sombra da administração pública? 

MSL- Fortalecer o sentimento de identidade sergipana, pois ele é muito fragilizado. É preciso entender isso, que todas as coisas são próximas a mim. A força de um povo é balizada pela cultura . E nesses oito anos é simples identificar que isso não foi prioridade . O avanço é muito lento para três esferas juntas: União, Estado e Município. Quero estabelecer o sentimento de identidade sergipana.  Sou um homem simples, que ando muito de ônibus e a pé, então sei quando digo que o transporte público está sucateado. Sei que é importante fazer uma licitação para que a frota tenha até pelo menos cinco anos de uso. Não proponho milagres como os outros candidatos que prometem várias obras . Para mim, isso não é o verdadeiro sentido.  Sou muito básico em política.

Infonet- Quais os planos para ser atuante em prol do interesse público?

MSL- Vou estar colado, participando com Anderson. Vou me voltar mais para a área cultural, pois disso eu entendo.

Infonet- Qual a sua contribuição nessas prévias eleitorais?

MSL- Participo dentro da minha possibilidade porque tenho os meus trabalhos para conciliar. Infelizmente não tenho a possibilidade de parar só para isso. Dentro do tempo que dispomos é um esforço muito grande. Nossa situação econômica também não é fácil, os recursos são poucos. Nós mesmos fazemos panfletagem e conversamos com as pessoas. De qualquer maneira, o mais importante é o sentido de construção dessa terceira via efetivamente de esquerda, de oposição e de mudança de verdade, que é muito evidente em nós.

Infonet - Participou da elaboração do plano de governo, de que forma?

MSL- Participei. Dei sugestões na área de educação e na cultural.

Infonet- Como o senhor avalia a campanha do seu partido no momento?

MSL- Está fortíssima. Queremos mostrar o comunismo como algo comum.  E isso é muito determinante pela presença de Anderson. Ele é carismático, inteligente e tem uma virtude muito forte, que é ser tão novo e tão sábio com apenas 30 anos.

Infonet- Como se deu a escolha do seu nome para compor a chapa?

MSL- Pela afinidade com Anderson e por eu ser pedagogo e artista. O partido entendeu que eu teria um peso para o lado da cultura e da educação.

Infonet- O que o credencia ao cargo?

MSL- Eu não sou amarrado a nada. Acho-me credenciado ao cargo pela minha experiência de vida, por já ter feito vários projetos na área cultural e por ser artista, pedagogo, comunicador.

Infonet- Fale um pouco sobre sua trajetória política-ideológica.

MSl- Defino-me como comunista de esquerda.  Quero liderar, chamando pessoas para construir algo em conjunto.  

Infonet- Por que as pessoas devem votar no prefeito e vice-prefeito da sua coligação política?

MSL- Por uma questão muito simples: somos os mais capazes de administrar a cidade, pois não temos amarração com nada, assim como não somos atrelados a nada.

 Por Letícia Telles