Hoje, Manuel Barros apresentou documentos afirmando que Jadiel Campos, mesmo estando há apenas 17 dias no cargo, já cometeu irregularidades. A primeira delas, segundo o ex-secretário, diz respeito ao recurso repassado pelo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) no dia 03 desse mês no valor de R$ 374, 644 e que ao invés de ser utilizado para pagar os professores do município, teria sido revertido para o pagamento de um fornecedor.

Com relação a esse dinheiro, Manuel disse que o Sindicado dos professores da cidade já está ciente e vai investigar para qual fim ele foi utilizado. Ainda na educação, Manuel declarou que as acusações de que falta merenda escolar nas escolas é falsa, já que as crianças até a semana passada estavam recebendo  alimentação regularmente.

O serviço de abastecimento de água e o órgão responsável por ela foi outro ponto das denúncias. Nas palavras de Manuel Barros, o SAAE está completamente falido, tendo uma dívida orçada em mais de R$ 1 milhão de reais. “Essa dívida não foi feita pela gestão de Alex Rocha em apenas oito meses, seria impossível. O SAAE está falido desde que Armando Batalha assumiu. A população de São Cristóvão não recebe água tratada porque os filtros não funcionam, eles apenas colocam os químicos na água e pronto”, disse.

No tocando à dívida de mais de R$ 660 mil reais mensais que a cidade de São Cristóvão possui com o INSS, o ex-secretário apontou como um dos principais problemas da cidade as alegações é que ela não é nova, tendo sido aumentada na gestão de Armando Batalha.

Com relação à decretação do Estado de Emergência da cidade, Manuel Barros afirmou que ele é totalmente infundado. “Como um prefeito que decreta Estado de Emergência pode contratar outros funcionários em cargo de comissão como ele está fazendo?”, falou, acrescentando que o novo prefeito está coagindo pessoas que hoje trabalham como servidores públicos e que não votam em Armando Batalha.

Como prova dessas acusações Manuel Barros apresentou uma gravação feita com um servidor do SAAE que estaria sendo pressionado no seu emprego por suas preferências políticas. ”Isso que está acontecendo com o empregado do SAAE não é um caso isolado, está acontecendo em todas as secretarias”, declarou.

Manuel Barros apresenta documento de repasse do Fundeb

O ex-secretário afirmou que os documentos apresentados já estão em poder da promotoria de São Cristóvão, que vai investigar as acusações. Ele disse ainda que vai denunciar Jadiel Campos por suas posturas durante a campanha na última sexta-feira em um comício de Armando Batalha, no qual ele teria subido no palco e feito campanha pelo candidato à prefeitura.

Questionado sobre a situação apresentada pelo atual prefeito na coletiva que demonstrava as precárias condições de saúde dos postos e hospitais da cidade, Manuel Barros se defendeu dizendo que eles compraram medicamentos e que o problema teria sido o atraso na entrega dos mesmos.

Com menos de um mês à frente da administração, Jadiel já é alvo de denúncias

Assessoria se defende

O secretário de comunicação da gestão de Jadiel Campos, Elton Coelho, foi procurado pela equipe do Portal Infonet para falar sobre as acusações feitas por Manuel Barros. Elton Coelho afirmou que com relação à afirmação de que o dinheiro do Fundeb teria sido utilizado para pagar um fornecedor não é verdadeira.

“Nós regularizamos a situação do transporte escolar que estava ameaçando parar. Fizemos o pagamento com o próprio recurso da educação destinado para esse fim no valor de R$ 203 mil”, declarou.

Elton Coelho confirmou a presença de Jadiel Campos no último comício feito por Armando Batalha na cidade e justiçou a presença do prefeito dizendo que ele é um cidadão e como tal pode ter suas preferências.

No tocanto às perseguições aos funcionários da prefeitura, Elton declarou que apenas aqueles que ocupavam cargos de comissão foram despedidos e que dos mais de 300 contratos temporários existentes, mais de 70 não tem assinatura do contratante nem do contratado. Outros 40 têm a assinatura apenas do contratado. “Muitos desses contratos foram feitos fora do período legal para isso. Alguns datam do dia 05 de julho e outros até mesmo do dia 28 de agosto, véspera da data em que Alex Rocha deixou o cargo. Não vamos sustentar irregularidades”, finalizou o secretário de comunicação.