De acordo com o governador, tal problemática não é exclusiva do Estado sergipano, abrangendo todas as unidades federativas, porém em diferentes graus. “Ao longo dos anos houve um desinvestimento no sistema carcerário. A União lavou as mãos quanto à questão da segurança pública”, declarou.

Dados e Vagas

Mesa foi composta por promotores, secretários, primeira-dama e governador

Após a introdução sobre a situação carcerária em Sergipe, Déda apresentou dados comparativos em relação às taxas de homicídios no primeiro semestre dos últimos três anos, que apontam uma certa estabilização dos números. “Por um lado é um dado que nos conforta, porque percebemos que o índice não avançou, ao contrário do que as manchetes insistem em dizer”, disse.

Em seguida, o governador de Sergipe divulgou medidas para amenizar a situação das celas na capital e interior do Estado, como a criação de 885 novas vagas no sistema carcerário, previstas até o fim deste ano. Metade destas estarão no Presídio de Santa Maria, que brevemente será inaugurado.

Papai Noel das delegacias

Durante seu discurso no auditório do MPE, o governador Marcelo Déda afirmou que o problema referente à superlotação carcerária não é culpa de governadores passados, e sim da sociedade civil como um todo. “Não é o governador que pega um saco de papai Noel e sai por aí de delegacia em delegacia, enchendo um saco com presos e semeando pelas penitenciárias”, comparou.

Por Glauco Vinícius e Carla Sousa