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Forró contagia nordestinos e turistas do mundo inteiro |
Não precisa ser nordestino para se encantar com os primeiros acordes da sanfona, da zabumba e do triângulo. Nos quatro cantos do país, o forró atrai crianças, jovens e adultos de todas as idades.
Assim, durante as festas juninas, quem não pode dançar em algum dos grandes forródromos do país, diverte-se em arraiais improvisados ou festas menos tradicionais. “Acho muito bonita a festa de vocês. Não tenho muito jeito com o forró, mas acho divertido quando toca nas festas da cidade porque é uma ótima oportunidade de conhecer gente nova. Todo mundo quer um par para dançar forró e isso é genial”, diz o estudante paulista Fabrício Assunção.
Residente na Argentina, a brasileira Lia Barros diz que o forró não faz parte da sua playlist diária, mas adora dançar o “dois pra lá, dois pra cá”. “Acho a festa junina uma expressão maravilhosa do folclore nacional. Sempre curti muito, de ir caracterizada, com maria chiquinha e tudo o mais! Essa alegria do brasileiro me faz muita falta aqui”, conta Lia.
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"Dançar forró é uma ótima oportunidade de conhecer gente nova", diz Fabrício
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Passeando pela capital sergipana em abril, a pequena Valentina Duarte confessou querer uma festa caipira em seu aniversário de seis anos. “Lá onde eu moro [Mato Grosso] não tem essa festa de vocês. Mas ano passado minha melhor amiga, Júlia, fez uma festa com o tema da roça e teve quadrilha, milho, pipoca, amendoim e um monte de música legal! Vou ter uma festa assim também porque nasci no dia de São João”, comemora Valentina sob os olhos atentos à confirmação da mãe.
A euforia infantil também chega aos pés forrozeiros de quem pode viver os festejos juninos ao som do maior símbolo da sanfona no Brasil. Natural de Exu (PE), terra de Luiz Gonzaga, o taxista Walmir Araújo conta que, embora as festas de hoje continuem sendo animadas, pouco se comparam às comemorações do tempo em que se divertia na praça da sua cidade.
“Há dez, quinze anos trás, as crianças sabiam o que era uma festa junina, a sua representação cultural. Sabiam o motivo de ter uma fogueira, da confecção das comidas típicas e tudo o que é realizado durante os festejos juninos. Hoje, sabe-se apenas as músicas e bandas eletrônicas. Não que isso seja melhor ou pior. Só acho que não é forró. Há uma tradição envolvida e, nessa tradição, não há trio elétrico ou roupa de brilho. Acho que é nesse ponto que o turista perde o entendimento da festa junina”, explica Valmir, ressaltando sentir muito orgulho da infância que teve na terra do Rei do Baião.
Agora queremos saber: Em Aracaju, há vários espaços destinados ao forró. Em quais deles você levaria seus amigos de outro estado?