Programação

Infográfico
15/06/2014 - 08:58
Samba de Coco faz parte da programação do Museu da Gente
Grupo do Mosqueiro repassa tradição a várias gerações
Samba de Coco contagia público na programação do Museu da Gente Sergipana (Foto: São João Infonet)

Como parte da programação dos festejos juninos, o Museu da Gente Sergipana recebeu o entusiasmado grupo de Samba de Coco, em oficina conduzida por Rosualdo da Conceição, o Seu Diô, do Mosqueiro. Todos os presentes puderam aderir à dança, ou brincadeira como os próprios membros do grupo a denominam. E o Samba deu o que falar. À medida que os visitantes iam passando pelo local, Seu Diô os chamava para entrar na roda, sem preferências.

O Samba de Coco, com influências africanas e indígenas, faz parte das raízes da cultura sergipana. E, para Kelly Queiroz, é uma tradição que deve ser passada para as crianças. A sergipana, que já visita o Museu com frequência, estava com as duas filhas no evento, Izadora, 3 anos, e Eloah, 6. Segundo a mamãe, as crianças precisam aprender mais sobre a cultura do lugar onde elas vivem. “É importante a gente mostrar pra elas a cultura do estado. O Samba de Coco mesmo elas não conheciam. Como estavam de férias, eu resolvi trazer e elas estão adorando!”, disse Kelly.

Seu Diô está à frente do grupo há 45 anos e diz que tradição é passada de pai para filho

Eloah, que segundo a mãe, “só quer ir embora depois que acabar a dança”, chamou a atenção na Oficina. De acordo com Seu Diô, foi a grande revelação da roda. A brincadeira, que é feita através de danças e cânticos, em passos ritmados, realmente envolveu a todos no Museu. Era impossível ficar parado. Seu Diô, à medida em que mostrava os passos e cantava as músicas, também dava aos presentes as origens da dança e explicação da coreografia.

Para o mestre do Samba de Coco, é um prazer apresentar o seu grupo para o povo porque, segundo ele, o povo é o seu público. “Fico na maior alegria do mundo quando vejo as pessoas dançando porque o Samba de Coco é saúde, é alegria, é tudo pra mim”, disse o mestre.

Seu Diô explicou ainda que o Samba de Coco é uma tradição de família. Foi passada por seu avô, seu pai e agora ele, que está à frente do grupo há 45 anos e já passa a tradição para sua família. “A geração das crianças é importante para que o grupo nunca acabe. É o que a gente cultiva”, afirmou.

Por Helena Sader e Jéssica Vieira