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| Trios pé de serra garantem a animação |
Pula a fogueira iaiá! Pula a fogueira ioiô! O mês de junho, marcado pela alegria dos festejos de Santo Antônio, São João e São Pedro, pelo balanço envolvente das quadrilhas, o colorido das bandeirolas e o banquete de comidas típicas, ajuda a manter viva a tradição de festejar com a comunidade. Em Aracaju, muitas são as pessoas que organizam verdadeiros arraiais no meio da rua.
No bairro Ponto Novo, a brincadeira entre amigos cresceu e hoje ganhou proporções de festa de grande porte. Com apresentação de trios pé de serra e bandas de forro, os moradores se juntam e organizam a confraternização junina que recebe cerca de 300 pessoas, entre vizinhos, parentes e amigos convidados.
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Edilson, Thiago e Emerson, há 3 anos organizam festa no Ponto Nov
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Um dos organizadores do “Forró da Rua José Doedato”, nome atribuído à festa que esta na terceira edição, o tecnólogo em petróleo e gás Thiago Farias explica como tudo é organizado. “Cada detalhe é feito em comunidade. Enviamos uma ata aos moradores para que todos participem das decisões referentes à escolha do dia, horário, valores, decoração e número de convidados”.
No bairro Siqueira Campos, outra rua se reúne em festa para celebrar o período junino. No local, os moradores montam uma grande lona onde o trio pé de serra se apresenta, preparam comidas típicas e se reúnem em torno da fogueira. “Para nós, há 9 anos o São João é isso. Ninguém quer saber de ir para os grande shows. Todo dia 23 de Junho entramos à madrugada reunidos, brincando entre amigos”, disse Ítalo Augusto, organizador do arraial da Rua Campo do Brito.
Festejos nas ruas ajudam a manter a tradição
De acordo com Manuel Liberato, 56 anos, a festa realizada no bairro Ponto Novo é esperada com ansiedade por todos os moradores do local. “É a oportunidade que temos de diversão sem tanta exposição à violência. Podemos brincar à vontade com vizinhos e parentes. Não imagino mais o mês de Junho sem essa festa”.
Para o antropólogo Fernando Moraes, as festas juninas são comemorações genuinamente populares, que ainda são celebradas com entusiasmo no Nordeste brasileiro, com preparo de comidas e bebidas típicas, trajes caipiras e danças. “Essencialmente estamos falando de uma festa para se celebrar com amigos. Na família, na rua, na comunidade. Os grandes shows são organizados como um evento à parte, pois as pessoas ainda preservam os aspectos tradicionais característicos do mês de Junho”.
Por Roseli Nunes
