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Bolos, beijus e canjicas estão entre os mais pedidos |
Forró, quadrilhas juninas e festas nas ruas são tradicões neste período junino em todo nordeste, mas nessa época, além de muita música regional existe as comidas típicas do período. Bolos de milho e macaxeira, canjica, pamonha, beiju, arroz doce e mugunzá são alguns dos principais alimentos apreciados por sergipanos e turistas que ficam encantados pela mistura de sabores que compõem cada receita.
Para quem trabalha com a produção de comidas típicas, a proximidade dos festejos juninos representa aumento nas vendas e nos lucros, pois a procura por esses produtos registra crescimento superior a 100%. São supermercados, padarias, escolas e empresas os principais responsáveis por este aumento, já que as confraternizações de São João e São Pedro já são costumeiras em todo o estado durante este período.
Luciene Luiza, 54 anos, há mais de 10 sobrevive parcialmente da renda gerada com a produção de comidas típicas, tendo herdado as receitas da mãe. “Nasci em meio aos milhos, cocos e macaxeiras.
No período junino, Luciente trabalha com 10 auxiliares |
Minha mãe ajudava a sustentar a casa com a venda de beijus, bolos, canjicas e pamonhas nas feiras livres de Aracaju. E eu e meus irmãos estávamos sempre por perto auxiliando tanto no preparo quanto na venda”.
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De acordo com Luciene, existe procura por comidas típicas do período junino durante todo o ano. No entanto, é a partir do início do mês de maio que as encomendas começam a aumentar de maneira significativa. “Quando o clima do São João começa a ser sentido através das músicas de forró e das bandeirinhas coloridas, já tem procura maior em pelo menos 50%, principalmente nos bolos e canjicas”, explica.
Números da produção
Durante boa parte do ano, Luciene conta com um funcionário que a auxilia na mini cozinha industrial montada na parte de trás da casa. Já nos meses de maio, junho e julho, o número de pessoas
Cerca de 600 pamonhas são produzidas em Junho |
Trabalhando na produção sobe para dez. “Quando chega o mês das festas a gente fica sem dormir. É muita encomenda pra dar conta. Muito coco pra quebrar, milho pra ralar e panela pra mexer”.
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Não é apenas a quantidade de pessoas produzindo e as encomendas que aumentam no mês de junho. Também a matéria prima e os produtos finais são representados por números bastante significativos.
“A média de junho é a seguinte: 10 mil espigas de milho, 3 mil cocos e 800 quilos de macaxeira. Estes são os ingredientes básicos para a nossa produção”, diz Luciene Luiza, acrescentando que, em média, são feitas diariamente 600 pamonhas, 500 potes de canjica, 150 bolos de milho e 100 de macaxeira.
Por Roseli Nunes