Para se anular o voto, o eleitor deve digitar um número inexistente quando solicitado pelo equipamento. Ao fazer isso, a tela mostrará o aviso “número errado” e solicita que seja confirmado o voto para que o mesmo seja anulado. Caso o eleitor decida por não anular seu voto, deve-se pressionar a tecla “corrige”. Já para se votar em branco, o eleitor deve pressionar a tecla “branco”.

Até aí, tudo bem, mas qual a real diferença entre uma opção e outra? O voto em branco significa a abstenção do direito de votar. Alguns definem o ato como uma espécie de conformismo, uma vez que os votos em branco são acrescentados ao candidato que obtiver maior índice de votação. Isso significa que se cerca de 3% da população votar em branco, 50% no candidato A, 40% no candidato B e 7% nulo, os 3% dos votos em branco serão direcionados para o candidato A, já os 7% não serão agregados a nenhum candidato.

Já o voto nulo é a anulação total do voto. É como se o eleitor não estivesse satisfeito com nenhum dos candidatos, ou seja, é como se nenhuma das opções de candidatos fossem boas o suficiente. Ao anular o voto, o eleitor se recusa a votar em qualquer um dos candidatos e mostra sua insatisfação com as opções apresentadas.

No Brasil, vários movimentos estão sendo feitos em defesa do voto nulo como forma de estimular o ato, um deles é o Grupo Ação Libertária. Outro movimento é o Manifesto Nacional Unificado pelo Voto Nulo. Ambos os movimentos pregam que o eleitor deve ser conscientizado de que pode anular seu voto e de que o ato significa um protesto. Apesar de reconhecerem que a anulação do voto não implica em grandes conseqüências para o processo de votação, os grupos defendem que apenas o fato de se votar nulo já funciona como uma espécie de alerta para o resto da sociedade: se a maioria da população está insatisfeita, deve existir algo de errado.