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Renato Sampaio deseja a construção de uma nova Aracaju


08/09/2004, 11:09


Renato Sampaio, candidato a prefeito de Aracaju pelo PRP, não acredita em pesquisas e por conta disso acredita que tem condições de conquistar a Prefeitura de Aracaju nas eleições deste ano. Em princípio, entende que o pleito vai ser definido em dois turnos e aponta falhas na administração atual para justificar a sua tese. Sampaio também apresenta propostas para viabilizar a construção de uma nova Aracaju

 

Como o senhor avalia a campanha do PRP e aliados na disputa da Prefeitura de Aracaju?

 

RENATO SAMPAIO – Sinto nas ruas um bom acolhimento, muitas manifestações de apoio. Trabalho hoje acreditando na mesma expectativa da eleição de senador, em 2002. Naquela época as pesquisas me davam 1% e quando as urnas foram abertas eu tive mais de 46 mil votos no universo de algo em torno de 260 mil.. Hoje eu sinto nas ruas um quadro semelhante.

 

Diante da afirmação anterior, pode-se afirmar o senhor não acredita em pesquisas?

 

RS – Não confio nos dados que são divulgados. Na minha experiência de contatos com o povo, sinto que a realidade tem sido bastante diferente daquela exposta pelas pesquisas. Outra coisa: prefiro me basear na experiência de 2002.

 

O PRP tem condições de ganhar a disputa pela Prefeitura de Aracaju?

 

RS – Eleição é sempre uma caixinha de surpresa. Voltando a 2002, se considerarmos o meu posicionamento nas pesquisas e o resultado das urnas, existe a possibilidade do mesmo fenômeno se repetir. Temos condições de ter um segundo turno. Todo candidato que trabalha de forma séria e responsável e que tem um certo respaldo popular alimenta a expectativa de vitória. Na última eleição municipal, em 7 de setembro, Marcelo Déda era o quarto colocado nas pesquisas e ganhou no primeiro turno. Não existe uma lógica imutável em eleição. Os eleitores são como uma nuvem, que muda de lugar de um momento para outro. Se o povo descobrir que a administração dele (Déda) é de ostentação e aparência, que a cidade está maquiada de rouge e batom, a periferia abarrotada de problemas e não existem políticas sociais, o atual prefeito e candidato à reeleição pode despencar. Se o povo perceber que ele é um excelente ator e muda sempre de identidade à medida de suas necessidades de agradar e conquistar votos, ele perde a eleição. Se a população perceber que está sendo traída, vai mudar de opinião sobre ele da mesma forma que está mudando a opinião sobre o presidente Lula.

 

Déda faz uma campanha em que exibe realizações. Isso não o fortalece cada vez mais?

 

RS – Ele faz uma administração eleitoreira, não ataca os principais problemas de Aracaju e mantém um Plano Diretor que prejudica o meio ambiente. O prefeito não teve coragem para enfrentar a especulação imobiliária e, por omissão, mantém a cidade entregue às construtoras, dando continuidade assim o processo iniciado pelo ex-prefeito João Augusto Gama, hoje seu aliado. Marcelo Déda não faz licitação para o transporte coletivo e, ao contrário, disponibilizou mais duas concessões ao Grupo Bomfim para explorar o serviço, deixando de lado os interesses da população. Uma licitação proporcionaria novas frotas. Ele poderia definir um menor preço para a tarifa, mas prefere continuar refém dos donos das empresas de ônibus a defender os interesses do povo. Tenta iludir o povo com recapeamento asfáltico. Coincidentemente – será? – a Prefeitura de Aracaju beneficia com infra-estrutura e equipamentos urbanos todos os grandes terrenos das construtoras. Existem áreas na zona sul onde não há terreno de especulação imobiliária que está em situação de abandono, a exemplo da Atalaia. O Jardins é um bairro novo e tem infra-estrutura. A cidade está direcionando o desenvolvimento em função dos interesses das construtoras, que constroem prédios nas calçadas. O Plano Diretor foi aprovado no apagar das luzes do governo Gama.

 

Quais são os principais problemas de Aracaju hoje?

 

RS – A inexistência de um Plano Diretor que satisfaça os interesses do povo, o transporte coletivo, que é caro, sem qualidade e funciona sem uma licitação pública que induzisse para beneficiar a população, e infra-estrutura (esgotamento sanitário), que falta e isso motiva a poluição do rio Sergipe. Tudo estaria sendo realizado se Déda cumprisse o compromisso de desprivatizar a Prefeitura de Aracaju. O interesse da cidade é um desenvolvimento sustentável, mas os empreiteiros, que só pensam no lucro, estão construindo um paredão para deixar a população sem direito ao ar. Estão construindo uma selva de pedra. O Plano Diretor seria um instrumento de justiça social. O dinheiro do IPTU do aracajuano foi usado para dar infra-estrutura para as chamadas áreas nobres. A Prefeitura está abrindo mão de uma área do Parque da Sementeira, em frente aos terrenos da especulação, para as empreiteiras para o uso como estacionamento.

 

O senhor pode citar três coisas que Déda fez e que o senhor não faria?

 

RS – Omitir-se de uma licitação para o sistema de transporte e na adoção de medidas para impedir a permissividade do Plano Diretor. Déda mantém duas mil crianças sem escola na Terra Dura por quatro anos e não construiu uma só creche. Por causa da falta de creches centenas de mães trabalham em situação de extrema dificuldade.

 

O município de Aracaju tem recursos para realizar tudo o que a oposição diz que está faltando na cidade?

 

RS – Aracaju tem um orçamento de mais de R$ 400 milhões. Déda só investiu 3% do orçamento na área social, 33% na folha de pessoal e gasta R$ 5 milhões em terceirização. Os R$ 400 milhões dão bem para administrar a cidade. É preciso atacar os problemas da saúde, da educação, da falta de moradias para a população pobre. Na área habitacional, Déda apenas administrou um programa do governo federal, o PAR, mas não fez moradias para as pessoas pobres.

 

Numa eventual administração do senhor, o que seria prioridade?

 

RSTemos propostas para viabilizar a construção de uma nova Aracaju, uma cidade mais justa. Eu priorizaria a saúde, a educação, a habitação, geração de emprego e renda , as políticas sociais e de infra-estrutura. Na saúde, vou investir dinheiro de maneira austera. Não vou gastar o dinheiro em capinagem em postos de saúde, pois isso já houve demais. Vou construir hospitais e Pronto-Socorros municipais, ampliarei os postos de saúde e contratarei mais profissionais. Não faltarão medicamentos. Darei ênfase às ações preventivas para que no futuro o município possa gastar menos. O segmento educacional será beneficiado com novas escolas, um moderno sistema de informatização das escolas e bibliotecas, para servir de apoio às ações pedagógicas. Criarei salas mistas contemplando alunos com deficiências físicas e especiais e desenvolverei um programa de aperfeiçoamento e atualização do magistério. É minha pretensão definir um Programa de Cargos e Salários, criar um pré-vestibular municipal para alunos da rede pública e fazer um programa para combater a evasão e a repetência nas escolas. Vamos tirar as crianças das ruas e reintegrar às famílias, investir na capacitação profissional dos adolescentes, ampliar a rede de esgotos, criar um Fundo de Solidariedade para estimular os microempreendedores e um banco realmente popular.

 

Mais entrevistas da área no canal POLÍTICA & ECONOMIA.

 

 

 
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