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Vera Lúcia: "Somos a única opção de esquerda"


30/08/2004, 17:14


Vera Lúcia Ferreira da Silva, candidata a prefeitura de Aracaju pelo PSTU, avalia, de forma irônica, a ponte Aracaju-Barra dos Coqueiros, que o Estado começou a construir na última quarta-feira, como o grande projeto de moradia do governo, pois servirá de abrigo para os trabalhadores sem-teto. Ela também critica o prefeito Marcelo Déda, que paga baixos salários e oferece saúde, educação e transporte de nível ruim para a classe trabalhadora. A candidata também defende que a Prefeitura não pague as dívidas assumidas.

Na mais recente pesquisa realizada em Aracaju, a senhora aparece com apenas 1%. Das intenções de voto. Isso representa dizer que a campanha do PSTU está com baixo índice de aceitação?

VERA LÚCIA –

A campanha do PSTU à Prefeitura de Aracaju está acima das nossas expectativas nos movimentos sindicais e populares. Somos a única opção de esquerda e estamos apostando que o eleitor não vai se enganar outra vez. Temos um programa voltado para a classe trabalhadora e os demais candidatos ou são da burguesia ou tentam conciliar interesses inconciliáveis dos trabalhadores com os burgueses. Nenhum programa ou candidato discute a Alca, as relações do Brasil com o FMI e os banqueiros. Nós temos as melhores propostas e os trabalhadores vão votar no PSTU.

Porque o PSTU se considera a única opção de esquerda?

Vera –

Embora o PT tenha origem de esquerda, as suas administrações, tanto federal (Lula) como municipal (Déda), não são diferentes daquelas da burguesia. Trabalham com obras de faixada e esse tipo de realizações não resolve os problemas da classe trabalhadora. Marcelo Déda ainda não declarou se é a favor ou contra as reformas sindical, trabalhista e universitária, que tira dinheiro do serviço público para beneficiar a iniciativa privada. Déda tem dito que é favorável a Lei de Responsabilidade Fiscal, que beneficia os banqueiros em detrimento das necessidades do povo, que está jogado no desemprego.

Que propostas o PSTU tem para combater o desemprego em Aracaju?

Vera –

A ação principal seria não pagar as dívidas do município e redistribuir no Orçamento esses recursos. Isso possibilitaria a construção de casas, melhorias dos transportes, saúde e educação. As ações seriam voltadas para construir casas. escolas, postos de saúde e a contratação de pessoal para os quadros da Prefeitura. O município reduziria a jornada de seus funcionários, sem reduzir salários, e contrataria outras pessoas para trabalhar pagando salários decentes. A situação do serviço público hoje, em todas esferas, é a seguinte: os trabalhadores do serviço público são obrigados a ter dois ou três empregos para sobreviver. O salário que a Prefeitura de Aracaju paga é muito baixo. Uma outra medida a ser adotada urgentemente é isentar os desempregados do pagamento do IPTU, luz, água, telefone. Quem está desempregado não pode pagar nada disso. A municipal não deve ser paga com o sacrifício do povo.

Que tipo de política seria adotada pelo PSTU na prefeitura em relação ao sistema de transporte?

Vera –

O serviço é constitucionalmente público e como tal deve funcionar. A estatização é essencial, assim como é essencial que o trabalhador desempregado não pague qualquer tarifa. O lucro, no sistema transporte coletivo, é a prioridade e em contrapartida os trabalhadores têm um serviço caro e de má qualidade. Quem trabalha no comércio, por exemplo, ganha pouco mais de um salário mínimo e tem que pagar R$ 1,30 por uma tarifa. Se usar duas vezes, o custo vai para R$ 2,60. Se o trabalhador optar por almoçar em casa com a sua família vai gastar quatro tarifas, o que corresponde a R$ 5,20 por dia. Vamos reunir os conselhos populares, que terão mais poderes que a Câmara de Vereadores, para definir um preço justo. É preciso acabar com esse negócio do povo votar para escolher o prefeito e os vereadores e depois eles se voltarem contra o povo.

O que a senhora faria no segmento administrativo da educação?

Vera –

Na gestão do prefeito Marcelo Déda não foi construída uma só escola. Ele fez apenas reformas e ampliação. As escolas do município vivem superlotadas e com professores e técnicos insatisfeitos com os baixos salários. Na administração do PSTU, vamos elevar de 25% para 30% os investimentos em educação. Esta elevação será feita com o dinheiro que sobrará nos cofres com a suspensão do pagamento da dívida municipal. Vamos construir mais escolas e contratar mais professores.

O prefeito e os vereadores eleitos vão ter pela frente a revisão do Plano Diretor de Aracaju. O que a senhora alteraria na lei?

Vera –

O Plano Diretor, hoje, garante apenas os interesses das grandes construtoras. Moraria é direito de todos, mas o Plano Diretor não garante isso. É preciso que esta lei permita a melhoria de vida aos trabalhadores e não apenas autorize a construção de prédios de 20 andares, verdadeiras muralhas que tiram a ventilação da cidade para privilegiar somente os burgueses.

A ponte Aracaju-Barra dos Coqueiros, que o Governo do Estado iniciou na última quarta-feira, é prioridade?

Vera –

Com certeza não é uma obra que vai servir ao povo pobre. Nós consideramos cruel gastar R$ 99 milhões para construir uma ponte enquanto centenas de trabalhadores passam fome. Aqueles que vão trabalhar nesta obra, por exemplo, em sua maioria, não tem casa. Muita gente pobre dorme sob as marquises e a ponte deverá ser o grande projeto de moradia popular do governo João Alves, pois o povão vai dormir embaixo dela. João Alves deveria usar os R$ 99 milhões para garantir assentamentos para os sem-terra, povo que no seu governo tem sido muito agredido, pisoteado. O governo do prefeito Marcelo Déda também deixa muito a desejar. Ele não se posiciona contra as reformas do governo federal, não paga bons salários aos servidores, não oferece educação e saúde de qualidade aos trabalhadores e faz pose de bonzinho.

 

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