LOCALIZAÇÃO:
Leste da região Nordeste
ÁREA:
22.050,3 km2
LIMITES:
Alagoas - separados pelo rio São Francisco - (N)
Oceano Atlântico (L)
Bahia - separados pelo rio Real ao Sul - (S e O)
RELEVO:
Planície
Litorânea: Localizada ao longo da costa, formada por dunas
e praias.
Tabuleiros Costeiros:
Localizados após a planície litorânea, constituído
de baixo planalto pré-litorâneo.
Pediplano Sergipano:
Localizado na região Oeste do Estado, onde aparecem elevações
como a Serra Negra, com 750 m ponto culminante de Sergipe.
Serras Residuais:
Localizadas na região de Itabaiana e Areia Branca, representadas
pelas serras de Itabaiana - segundo ponto mais alto do Estado -,
Comprida, Cajueiro, etc.
Planalto do
Sudoeste: Constitui um maciço residual de topo aplainado,
possuindo elevações em torno de 500 m como a Serra
do Boqueirão e outros.
ACIDENTES
GEOGRÁFICOS:
Localização
Altitude
Serra Negra
Poço Redondo
750m
Serra de Itabaiana
Itabaiana
650m
Serra de Gougogi
Tobias Barreto
600m
Serra dos Palmares
Riachão do Dantas
550m
Serra do Curral Novo
Riachão do Dantas
550m
Serra do Boqueirão
Riachão do Dantas
500m
Serra Carnaúba
Riachão do Dantas
500m
Serra dos Oiteiros
Lagarto
500m
Serra do Cajueiro
Itabaiana
500m
Serra da Miaba
Campo do Brito
500m
Serra Comprida
Areia Branca
400m
CLIMA:
No Estado de
Sergipe, são encontramos três tipos de clima:
Tropical quente
e úmido - correspondente à faixa litorânea,
com temperatura média de 25ºC e um período de
seca de até 03 meses.
Tropical quente
e semi-úmido - entre o litoral e o sertão, com temperatura
média de 30ºC e um período de seca de 04 a 06
meses.
Tropical quente
e semi-árido - é o clima do sertão. Temperatura
média de 40ºC durante o dia e 20ºC à noite,
e um período de seca de 07 a 08 meses.
VEGETAÇÃO:
Vegetação
litorânea: É muito variada. Nas praias predominam coqueirais
e uma vegetação rasteira, com campos de dunas, matas
de restinga e manguezais.
Mata Atlântica:
Floresta fechada, com árvores altas, encontrada no topo de
algumas colinas e sopé das serras. No município de
Santa Luzia do Itanhy encontra-se a maior reserva de Mata Atlântica
do Estado.
Mata do Agreste:
Formação florestal com plantas do litoral e do sertão,
existente nos municípios de Frei Paulo, Riachão do
Dantas, Areia Branca e Itabaianinha.
Cerrado: Vegetação
espaçada com arbustos e árvores baixas, retorcidas,
de casca grossa, encontrada nos municípios de São
Cristóvão, Itabaiana, Estância, Pacatuba, Neópolis
e Itaporanga D'Ajuda.
Caatinga: Ocupa
toda parte Oeste do Estado. Caracteriza-se por ser arbustiva, rala,
recobrindo o solo com plantas adaptadas às secas e estiagem
prolongadas.
BACIAS HIDROGRÁFICAS:
Rio São Francisco: 7.226,84 km2
Rio Piauí: 3.993,21 km2
Rio Sergipe: 3.243,02 km2
Rio Vaza-Barris: 2.992,10 km2
Rio Real: 2.566,89 km2
Rio Japaratuba: 1.840,54 km2
Fonte: IBGE
HISTÓRIA
DE SERGIPE
Siri-i-pe: Em
tupi, siri é caranguejo, i é
água, pé significa caminho ou curso, que
somados = curso do rio dos siris, ou simplesmente rio dos siris.
Na linguagem do colonizador, Siri-i-pe transformou-se em Sergipe.
A divisão do Brasil em 15 Capitanias Hereditárias,
em 1534, integrou o território sergipano à capitania
da Baía de Todos os Santos, concedida a Francisco Pereira
Coutinho por Carta de Doação, que não marcou
muita presença na região. Desse abandono aproveitaram-se
os piratas franceses, contrabandeando o pau-brasil, contando com
a colaboração dos tupinambás que habitavam
o litoral sergipano.
As terras sergipanas
não eram desabitadas - além dos tupinambás
e caetés, ambos pertencentes ao grupo tupi, existiam várias
outras tribos: Xocós (única tribo sobrevivente, que
vive na Ilha de São Pedro, no município de Porto da
Folha); Aramurus e Kiriris, nas margens dos rios São Francisco
e Jacaré; Aramaris, Abacatiaras e Ramaris, no interior.
Devido ao fracasso
do sistema de capitanias, das quais só duas prosperavam,
a Coroa portuguesa comprou, em 1549, a capitania da Baía
de Todos os Santos - incluindo Sergipe - dos herdeiros do donatário,
para sediar o governo-geral e nomeou Tomé de Souza como primeiro
governador-geral da colônia.
A primeira tentativa
de colonização de Sergipe ocorreu a partir de 1575,
quando os jesuítas Gaspar Lourenço e João Salônio
fundaram as missões de São Tomé, nas imediações
do rio Piauí (hoje o povoado de Santa Luzia), de Santo Inácio,
às margens do rio Vaza Barris (Itaporanga D'Ajuda) e a de
São Paulo (hoje Aracaju), terras dominadas pelos caciques
tupinambás Surubi, Serigy e Aperipê. Insatisfeito com
esta primeira tentativa de colonização, o então
governador das Capitanias do Norte, Luís de Brito, invadiu
algumas aldeias indígenas. A conquista definitiva de Sergipe
aconteceu através uma guerra sangrenta contra os indígenas
que foram definitivamente dominados por Cristóvão
de Barros, em 1590, com a derrota do temido Cacique Serigy.
Por ordem do
rei Felipe II da Espanha e 1º de Portugal, Cristóvão
de Barros fundou o Arraial de São Cristóvão,
sede do governo, e deu à capitania o nome de Sergipe Del
Rey, da qual foi nomeado o 1º capitão-mor. Montada a
máquina administrativa, começou o trabalho de colonização
e povoamento de Sergipe. As imediações dos Rios Real
e Piauí foram as primeiras a serem povoados. De 1606 em diante
a colonização continuou nas regiões do Norte,
pelas margens do rio São Francisco. Neste período
teve início a cultura de cana-de-açúcar, que
logo enriqueceu e destacou o Vale de Cotinguiba, superando o comércio
de gado, inicialmente base da economia da capitania. Chegaram também
os primeiros escravos da África para trabalhar na lavoura.
Entre 1637 e
1645 Sergipe esteve sob domínio dos holandeses, período
no qual sua economia foi bastante prejudicada. Em 1696 foi criada
a comarca de Sergipe, sendo então nomeado como 1º ouvidor,
Diogo Pacheco de Carvalho. Logo em seguida foram criadas as vilas
de Itabaiana, Lagarto, Santa Luzia, Vila Nova do São Francisco
e Santo Amaro das Brotas. Em 1763, Sergipe foi novamente anexado
à capitania da Bahia, tornando-se responsável por
um terço da produção açucareira baiana.
Constantes intervenções na vida sergipana contribuíram
para que aumentassem os protestos nas câmaras municipais contra
essa dependência. Então, no dia 08 de Julho de 1820,
através de Decreto de Dom João VI, Sergipe volta a
ser autônomo, elevado à categoria de Província
do Império do Brasil, com o brigadeiro Carlos César
Burlamarque nomeado seu 1º capitão-mor. A independência,
porém, durou pouco. Em 1821, depois de chegar em Sergipe,
Burlamaque foi preso por ordem da Junta Governamental da Bahia e
conduzido para Salvador por não querer aderir ao movimento
constitucionalista. Finalmente, em 5 de dezembro de 1822, Dom Pedro
I confirmou o decreto de 1820 que dava independência a Sergipe
Del Rey.
Em 17 de Março
de 1855, a província ganha uma nova capital. O então
presidente Inácio Joaquim Barbosa transfere o comando político-administrativo
para o povoado da Santo Antônio de Aracaju, à margem
direita do rio Sergipe. A mudança, movida por razões
econômicas, gerou protestos em São Cristóvão.
Em 1860, a província recebe a visita de Dom Pedro II, mas
uma década depois o Império já entra em fase
de declínio. Considerando a monarquia um fator de atraso
para o Brasil, começa a se formar em Laranjeiras o Partido
Republicano, que, em 1889, consegue eleger os primeiros representantes
para o Congresso Federal, entre eles o escritor e filólogo
João Ribeiro. Em 1892 é promulgada a primeira constituição
do Estado de Sergipe e, em 1920, durante as comemorações
dos 100 anos de independência, foi oficializada a bandeira.
No início
da República sedia movimentos rebeldes que dispunham a hegemonia
política local. Essas revoltas são motivadas pela
interferência dos governos centrais que nomeiam para sucessivas
chefias do Estado intelectuais sergipanos de projeção
nacional, mas que não possuem raízes partidárias
na região.
Durante uma década, o Nordeste brasileiro viveu o clima do
cangaço com o surgimento do bando chefiado por Virgolino
Ferreira, o Lampião. O grupo percorreu Sergipe e mais seis
estados nordestinos até 1938, ano em que foi surpreendido
pela volante e morto em seu esconderijo em Angico, no município
de Poço Redondo (SE).
Em 1942, Sergipe
virou notícia nacional com a divulgação que,
próximo ao litoral sergipano (hoje Praia dos Náufragos)
submarinos alemães afundaram navios mercantes brasileiros.
Poucos dias depois do naufrágio foi anunciada a participação
do Brasil na II Guerra Mundial.
Fonte: Sectur
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