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Flor nordestina conta e canta a fé do nordestino |
“A fé que leva o romeiro é a mesma que move o quadrilheiro”. Esse é o tema apresentado este ano pelos 44 componentes da quadrilha ‘Flor nordestina’. Fundada em março de 1989, o grupo é originário do bairro Jardim Centenário, em Nossa Senhora do Socorro, região da Grande Aracaju, mas atualmente o grupo não é 100% composto por integrantes dessa comunidade.
Para contar através da dança e de passos marcados a história da fé do homem do campo nos santos do ciclo junino, e também à Senhora Pastora, a quadrilha começou a ensaiar no início do ano. O único momento de descanso foi apenas durante o carnaval, como explicou José Magno Lima, marcador da ‘Flor nordestina’. “Estamos ensaiando duro para apresentar a quem nos assiste um belo espetáculo, e também para que entendam o que estamos querendo dizer”, comentou Magno Lima.
Vestidos muito rodados, extremamente coloridos, sorriso no rosto e sandálias do tipo priquitinha nos pés. É desta maneira que os dançarinos cativam o público, com passos bem marcados e letra da música “na ponta da língua”. Juntos, os 44 componentes são responsáveis por contar a história de Zequinha, Margarida, Donzelildo e Florinda, personagens principais do tema deste ano.
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Vestidos coloridos e sorriso no rosto marcam o grupo |
Os primeiros passos dos quadrilheiros mostram a tristeza e a indignação do homem do campo por conta da degradação da natureza e para isso, Zequinha e Margarida conversam perto de um pé de milho. É neste momento que decidem fazer uma romaria até o município sergipano de Divina Pastora, para pedir fartura na colheita desse ano e assim, poder realizar o casamento de Donzelildo e Florinda.
Antes da dança esquentar no salão os quadrilheiros reverenciam São José, São João, Santo Antônio e São Pedro. É entorno dessa fé, que une o sertanejo e o quadrilheiro em busca dos títulos, e agradecendo pela graça alcançada, que a ‘Flor nordestina’ dança, apresentação que é encerrada com o casamento de Florinda e Donzelildo.
Por Andréa Moura