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Waldony's inova nos arrajos e adapta canções para o forró


30/06/2008, 03:38


Waldony's aquece antes do show
Sob a influência do pai, Waldony’s aprendeu os primeiros acordes aos 11 anos. Mas foi quando ingressou na escola de música que o sanfoneiro pôde aperfeiçoar o talento que parece estar no DNA da família. O Forró Caju recebe pela segunda vez o artista que toca desde o típico pé-de-serra à Mozart. O Portal Infonet bateu um papo com o acordeonista. Aproveite a leitura!

 

Portal Infonet – É verdade que você não só aprendeu a tocar muito jovem, como também gravou cedo seu primeiro disco?

Waldony’s – Gravei meu primeiro disco com 14 anos. O nome dele é ‘Choro chorado’.  Conheci Dominguinhos e Luiz Gonzaga em 1986, o que aprendi com eles rendeu esse trabalho. Foi uma sacada dos dois gênios do baião.

 

Infonet – A partir daí sua carreira foi só sucesso. Você acompanhou quantos artistas ao todo?

W – Eu nem tenho esse número certo, porque foram tantos artistas. Estive com Marisa Monte, inclusive, vim com ela à Aracaju no show de 2006, no Teatro Tobias Barreto. Deixe ver... Zé Ramalho, Alceu Valença, Fagner, Geraldinho Azevedo, todos esses que citei são meus grandes amigos hoje. E os demais não cito, para não te cansar.

 

Infonet – Depois de 16 anos acompanhando grandes nomes da música brasileira, o que tivemos na noite de hoje?

W – Toquei todos os estilos na sanfona. Fui desde ao pé-de-serra à música clássica. Trabalhar com essa galera de qualidade significou me aperfeiçoar. Gosto de adaptar as versões originais ao forró, inclusive hoje interpretei ‘Meu erro’, do grupo Os Paralamas do Sucesso. Sempre tive vontade de tocar essa música, mas antigamente o forró era marginalizado, você não podia inovar. Dezesseis anos depois de fazer trabalhos solos, toquei pela primeira vez essa versão em um show. Espero que o público tenha gostado, porque eu particularmente adoro [risos].

 

Infonet – Você adapta qualquer canção para o forró?

W – Faço as que ficam legais no forró. Eu me preocupo muito com o resultado, não jogo qualquer música só para vender. Tem a questão do bom gosto, de deixar suave, fica feio quando sai forçado. Insiro arranjos novos, mas nada que descaracterize muito a música. A canção ‘Meu erro’ é um exemplo de adaptação que deu certo. Ficou um xote muito gostoso de dançar.

 

Infonet – Além da salada que você faz em seu repertório, tem mais alguma particularidade no show?

W – Sou um sanfoneiro piloto e pára-quedista. Para hoje não foi possível, mas no meu DVD eu começo o show depois de saltar. Como o show foi gravado num Teatro não deu para pular direto no palco, então montamos um telão e nele rola um trailer de ‘007’, e eu sou o ‘James Bond’. Depois do salto rasgo o telão para entrar no palco, para finalmente começar o show. É ótimo, o público se emociona.

 

Infonet – Sua história é bem interessante. Fale sobre o ‘Filhos do solo’.

W – Este é um projeto que eu, Manasses e Nonato Luiz gravamos e divulgamos em Nova York, em 1996. A proposta era simples: juntar os três filhos do Ceará e tocar para os gringos. A estrutura é basicamente de três instrumentos, a sanfona, que eu toco; o violão de 12 cordas, Manasses; e o violão clássico, Nonato.

 

Por Wilma Anjos e Andréa Moura

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