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Marcio André fala sobre a banda Naurêa


30/06/2008, 00:30


Naurêa aquece as bubinas para subir pela primeria vez ao palco do Forró Siri
Pouco antes de subir ao palco, o vocalista e responsável pelo nome da banda Naurêa, Marcio André, recebeu o Portal Infonet no camarim para falar sobre o seu primeiro show no palco do Forró Siri e um pouco da trajetória do grupo. Sergipaníssimos de nascimento e coração, os rapazes colocaram o Estado no cenário internacional, tocando em países como a Alemanha.

A Naurêa foi criada em 2001 e hoje coleciona quatro trabalhos em CD e um DVD. São duas palavras ditas muito rapidamente e que representam ‘sensação’, um tipo de pressão sonora que diz muito sobre a força que mora em seu som. Som esse que resolveu reinventar a mistura particular que é o forró, ampliando e dando novas possibilidades para o xote, o xaxado e o baião, tradicionais ritmos nordestinos.

Portal Infonet - Primeira vez no Forró Siri?

Marcio André – É. Estamos  cheios de vontade de tocar nossa música. Muito forró e toda a mistura que bacana que a Naurêa faz. Porque, afinal, a cultura é dinâmica e o forró não tem de ser sempre o mesmo, pode se modificar. Somos fãs de Luiz Gonzaga e vamos tocar algo dele também, mas vamos além disso.

 

Infonet – Qual a novidade para o show desta noite?

Márcio André – Nada especial. Vamos tocar músicas dos dois últimos trabalhos. Teremos claro, as músicas sempre muito pedidas, como ‘Bonfim’ e ‘Álcool ou acetona’.

 

Infonet – Vocês sempre prestigiam o palco da Rua da Cultura, em Aracaju. Um espaço importante no Estado, não?

MA – Este é um espaço democrático, bacana, e a gente apóia. Muitas bandas alternativas têm espaço lá. Quando estivemos na Alemanha a gente explicou e foi difícil eles entenderem como é este espaço institucional e livre ao mesmo tempo.

 

Marcio André é pura simpatia
Infonet – Isso. Você bem lembrou. A Naurêa já levou o nome de Sergipe para a Europa. Retornam pra lá quando?

MA – Fizemos turnê lá durante a Copa do Mundo de 2006, a convite de um curador da WDR que procurava talentos no Brasil. Em 2007 fomos novamente, mas sem este vínculo. Iríamos em 2008, mas por motivos de trabalho acabamos adiando para a primavera do próximo ano.

 

Infonet – Falta calor ao público gringo?

MA – De maneira alguma. Tanto alemães como austríacos têm uma cultura musical bastante rica. Eles realmente gostam de música e nós conseguimos creditar bem a música negra e a música nordestina.

 

Infonet – Vocês já tocaram com muita gente bacana. Dá pra lembrar de todo mundo?

MA – É muita gente. Alguns são o pernambucano Silvério Pessoa, Genival Lacerda, Dolores, Renata Sá. Tivemos a honra de tocar com o trompetista de James Brown, Marcel Park, e a banda Uria Heep, que abalou o rock dos anos 60. Tem ainda o Dj Shantel, que é a maior sensação na Europa. E por aí vai.

 

Infonet – De onde vem a inspiração para as composições da Naurêa?

MA – A gente é urbano. Vem das situações que acontecem no cotidiano mesmo, não tem muita sofisticação. A grande percepção da banda vem do olhar de ser humano que olha a vida e toca outros serem humanos. Basta viver para machucar. Basta viver para alegrar.

 

Por Adriana Sangalli

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