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| França: "O forró passa por uma fase complicada" |
Com um repertório regado a sucessos do forró eletrônico, França e Forrozão Karapeba animaram o público presente nesta 13ª noite de Forró Caju. O vocalista França tem uma carreira marcada por sua participação na banda Mastruz com Leite e imprime, juntamente com a Karapeba, uma interpretação característica aos sons já conhecidos pelos admiradores do forró eletrônico. O forrozeiro bateu um papo com a equipe da Infonet e falou sobre a sua carreira e sobre as novidades da banda. Confira!
Portal Infonet – Conta pra gente como surgiu o Forrozão Karapeba.
França – Logo que eu saí da Mastruz com Leite montei a banda, que tem esse nome por causa da música de Luiz Gonzaga ‘Carapeba’. Na época da criação do grupo estava muito em alta essa coisa de colocar nomes curiosos ou engraçados nas banda. Então resolvemos pôr esse, que além de diferente remete a um dos maiores nomes do forró, que é o mestre Gonzagão.
Infonet – E o que você trouxe de influência da banda Mastruz com Leite?
F – Tudo. Tudo de positivo que aprendi na Mastruz trago pra cá. A banda me marcou muito, tanto que trago as músicas que ficaram famosas em minha voz, para o repertório da Karapeba. Até porque se eu não cantar o público pede. É obrigação.
Infonet – O que vocês estão trazendo de novidade para os shows neste período junino?
F – Ah... um show bastante eclético com um forró bem diversificado. Na verdade, o forró está
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| Pausa para foto no camarim |
passando por um momento complicado. As canções que estão sendo tocadas são em um outro ritmo, o vaneirão, mas recebem o nome de forró e acabam confundindo a cabeça das pessoas. Além disso, as letras vulgarizam as mulheres e não transmitem nada de interessante. Temos que lutar para que o romântico e o cultural não sejam desvalorizados. Mas o pior é que a mulherada não se incomoda com a desvalorização nas letras, e as crianças as cantam sem saber direito o que estão falando... É por isso que a Karapeba e eu fazemos um forró diversificado, com as músicas que estão na boca do povo, mas também procurando resgatar as músicas do forró autêntico e não esquecer das românticas.
Infonet – Vocês já estão trabalhando em algum novo projeto?
F – Sim. Após esse período junino vamos trabalhar no CD “Baú do forró”. Vamos ensaiar as canções dele, que na verdade são um resgate em cima das bandas que fizeram sucesso há uns 15 anos. Músicas com letra, com um ritmo gostoso e que fazem sucesso até hoje porque as pessoas buscam refúgio no que é bom.
Infonet – E como foi tocar em mais um Forró Caju?
F – É sempre maravilhoso. Ainda mais numa quinta-feira, que eu nem esperava ver tanta gente, e acabaou que o espaço encheu desse jeito. É um motivo de orgulho muito grande. A festa está linda e só faz melhorar.
Por Carol Madureira
