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"Encerrei os festejos juninos com chave de ouro"


25/06/2008, 04:19


"O forró Caju oferece uma grande estrutura"
Geraldo Azevedo, músico autodidata desde os 12 anos de idade, é uma verdadeira colcha de retalhos musicais, trazendo influências que variam desde a melodia suave da Bossa Nova ao ritmo marcado da música negra. Além de grande músico, o artista é pura simpatia e recebeu a equipe do Portal Infonet logo após o seu show no Forró Caju. Ele falou sobre o seu mais recente lançamento, o CD ‘O Brasil existe em mim’ e contou porque a parceria do ‘Grande encontro’ não seguiu adiante.

 

Portal Infonet - Todos os anos você é presença cativa no Forró Caju. Como é sua relação com o público aracajuano e o que você acha da estrutura que a festa oferece?

Geral Azevedo – A expectativa todos anos para vir tocar aqui é muito grande, porque sem sombra de dúvidas é a melhor estrutura do país, em termos de grandes festejos juninos. Além disso, tem uma tradição muito grande, já se consolidou no calendário nacional com a presença de grandes artistas e eu me sinto homenageado a cada convite que recebo para vir ao Forró Caju. Esse foi meu último show desse período junino e posso dizer que fechei com chave de ouro.

 

Infonet - Você pode explicar melhor o título do CD ‘O Brasil existe em mim’? Ele faz uma referência as suas diversas influências musicais?

GA – Tem esse sentido sim. O Brasil é um país sem igual, grandioso musicalmente e que me inspira muito. Apesar de ter escolhido esse nome para o CD, na verdade acho que não tem como traduzir tudo em um único trabalho, porque sem dúvida o Brasil que existe em mim é muito maior e não em um CD apenas.

 

Infonet – ‘O Grande Encontro’ foi um dos grandes momentos da sua carreira. Pode haver uma continuidade deste projeto e por que Alceu Valença saiu dele?

GA – O Grande Encontro surgiu de uma maneira imprevisível. Simplesmente aconteceu. Estava em um show com Alceu Valença, chamado Dueto, e Elba e Zé fizeram uma participação especial. Naquele momento percebemos que aquele era, de fato, um grande encontro e que poderia nos render bons frutos. Foi um encontro de pessoas que possuem afinidades musicais, que se admiram, mas, infelizmente, cada um tem sua trajetória individual e ficou difícil conciliar. Ainda conseguimos lançar três CDs da série. Quanto a Alceu, ele saiu justamente por isso, porque tinha outras prioridades, outros projetos pessoais.

 

Infonet - O Grande Encontro foi importante para renovar o seu público não é mesmo?

GA – Sem dúvida! O projeto acrescentou muita coisa em nós, foi o encontro dos nossos públicos e a possibilidade de levar nossa música para uma geração que não era a nossa, de reinventar velhas músicas e conquistar um público mais jovem.

 

Infonet – Ante de lançar o ‘Brasil existe em mim’, você ficou um bom tempo parado, sem lançar novos trabalhos. O que você fez neste período?

GA – Muito show. Estava sentindo necessidade de estreitar minha relação com o público e viajei o país inteiro. Fui onde o povo estava. Eu faço disco pra fazer show, porque a relação com o público é o melhor momento, é quando sentimos o resultado do nosso trabalho, na emoção das pessoas, na resposta do público.

 

Infonet - Você já tem algum novo projeto engatilhado?

GA – Estou terminando de lançar um disco temático intitulado ‘Salve o São Francisco’. É um trabalho completamente diferente de tudo que já fiz porque em todas as faixas tem a participação de algum artista, reconhecido nacionalmente, e que tenha vivido, assim, como eu, nas proximidades do Velho Chico. Infelizmente não consegui encontrar alguém de Sergipe que pudesse participar do CD, mas o objetivo é fazer uma campanha a favor da revitalização deste rio, por qual tenho um carinho imenso.

 

Por Carol Madureira

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