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Mestre Zinho esbanja competência e simpatia no Forró Caju


23/06/2008, 03:40


Meste Zinho logo após o show no Forró Caju
O cantor e compositor Zinho, com quase 30 anos de sucesso, é mestre quando o assunto é forró autêntico e de qualidade. Embora seja alagoano, o músico recebeu em 1987 o título de cidadão aracajuano e desde então se considera sergipano de coração. O artista foi uma das atrações desta madrugada no Forró Caju, e após o show recebeu a equipe do Portal Infonet com muita simpatia para um papo descontraído. Confira a entrevista:

Portal infonet – O senhor já é presença garantida nas festas juninas de Sergipe. Conta um pouco sobre essa sua relação de carinho com o público sergipano.

Mestre Zinho – Eu recebi o título de cidadão aracajuano em 1987 e estou em Aracaju desde 83. Adotei a cidade e a cidade me adotou. Sou aracajuano de coração e o carinho se estende por todo o Estado.

 

Infonet - O senhor canta desde os 10 anos de idade. Como surgiu essa paixão pela música, mais especificamente pelo forró?

MZ - sempre fui doido por forró, na verdade, desde que me entendo por gente. Meu avô “Mestre Bruno” já era sanfoneiro e embora eu não o tenha conhecido, acho que herdei dele esse amor pelo forró. Está na genética. Luiz Gonzaga e o Trio Nordestino, sem dúvida foram minhas maiores influências.

 

Infonet – Após quase 30 anos de carreira como o senhor se sente sabendo que o seu trabalho influencia quem está começando?

MZ – É uma honra muito grande e, na verdade, é uma continuação, porque se não for assim não tem valor. Todo mundo tem direito a um espaço e estamos aqui para ajudar no que for possível.

 

Infonet – Algumas pessoas acham que esse novo momento do forró, com inserção de novos instrumentos e novos ritmos, contribuiu para o ressurgimento do forró. O senhor concorda com isso?

MZ – Não acho que tenha ajudado. Não tenho nada contra, mas o que essa meninada faz não é forró. Eles criaram um novo ritmo e colocaram o nome de forró. O ritmo, os elementos, a base... é tudo completamente diferente. Houve muita distorção na denominação. O forró pé-de-serra é o verdadeiro e hoje, infelizmente, não vemos mais novos nomes que façam forró autêntico. São as mesmas pessoas sempre. E quando pararmos? O que vai ser do forró?

 

Infonet - O senhor completa 30 anos de carreira próximo ano. Já pensa em aposentadoria?

MZ – Estou com 62 anos e só me aposento daqui mais uns 20 anos, ou quando estiver caducando. Ainda tenho muito a fazer! Em outubro mesmo estou lançando um DVD e em seguida vamos gravar o CD “30 anos de forró: uma viagem ao túnel do tempo nos Três do Nordeste”, em comemoração ao meu aniversário de carreira e uma homenagem à minha primeira banda.

 

Por Carol Madureira

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