Senar e IFS debatem Agropecuária e Produção Rural em SE

Curso aconteceu no auditório do IFS São Cristóvão (Fotos: Divulgação Senar/SE)

O Sistema Federação da Agricultura e Pecuária do Estado e Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Sergipe (Faese/Senar) promove a ‘I Semana do Produtor Rural do Senar’, encontro incluído na III Semana de Agropecuária do Instituto Federal de Sergipe (IFS).  O evento aconteceu no campus São Cristóvão do IFS com o tema: ‘Agropecuária: Sustentabilidade e Meio Ambiente’.

O presidente do Sistema Faese/Senar-SE, Eduardo Sobral explicou que a ideia da ‘I Semana do Produtor Rural’ surgiu para propor uma discussão ampla sobre temas ligados à agropecuária entre produtores rurais e técnicos, a exemplo de novas tecnologias disponíveis àqueles que trabalham no campo, números de produção, novas técnicas que melhorem a produção.

Breno Batista elogiou a programação

“Apresentamos esta ideia ao IFS São Cristóvão que aceitou e nos convidou para realizar este evento em conjunto, dentro da Semana da Agropecuária.  Desta forma passamos a atuar com o tripé: produtor, técnicos (de campo, veterinários, agrônomos, técnicos agrícola…) e academia (que são os técnicos cientistas/pesquisadores/professores), explicou Sobral.

Segundo o coordenador do curso de Agropecuária do IFS em São Cristóvão, o professor Francisco de Carvalho Júnior, apesar da notória distinção entre agropecuária e agroecologia, é importante aproximar o conceito de sustentabilidade aos negócios oriundos do campo.  “Mais de 70% de toda a o programação deste evento está voltada para isto; posso te citar como exemplos, oficinas de plantio direto, palestra sobre manejo de praga, – e não controle de praga.  Temos ainda uso racional da água, bem estar animal dentro da parte da doma racional de equinos, entre outros processos”, frisou.

Professor Ivo Steffen

De acordo com o aluno de pecuária do campus São Cristóvão do IFS, Breno Batista, a programação foi muito bem produzida. “Uma coisa que me chamou à atenção é que eu sou agricultor e as palestras e mini-cursos tem muito à ver com a minha área; sustentabilidade e meio ambiente me incentiva porque quanto mais a gente busca conhecimento, melhor para a gente”, acredita ele.

Numa realização do Senar/SE, Faese e IFS, a reunião conta com o apoio da Cohidro, Embrapa, Sebrae, Emdagro, Universidade Federal de Sergipe, PM-SE e Associação dos Suinocultores de Sergipe.  Ela tem uma programação que contempla palestras, mini-cursos, oficinas e mesas redondas. 

Palestra magistral

Professor Francisco de Carvalho Júnior

Ivo Steffen, mestre em Educação, professor titular no Centro de Ensino Unificado de Brasília (DF) fez a abertura do evento, no dia 20, com a palestra magistral ‘Importâncias de Capacitação e Contratação de Pessoas Qualificadas para Atender a Propriedades Rurais’. Ele apresentou o novo panorama que já começa a tomar forma nas propriedades rurais brasileiras e segue uma tendência mundial: a informatização dos processos no campo.

Ele atentou para o fato de ainda termos no Brasil propriedades rurais diversificadas, pois se de um lado ainda vemos as tradicionais, na qual as informações são passadas de pai para filho e o trabalho da terra acontece por meio de arado de tração animal, uso contínuo da enxada e ordenha manual, por exemplo, observamos também aquelas propriedades onde a tecnologia de ponta se faz presente; nelas, as atividades são executadas por máquinas e o ser humano fica responsável por operar e lidar com a tecnologia.

Nesta perspectiva, o professor Ivo Steffens define o trabalhador rural brasileiro como o indivíduo totalmente envolvido no setor primário, não só na produção, mas também naquele indivíduo que consegue agregar valor ao produto.  “Por exemplo, se você tem um saco de batatas não lavadas, isso não vale nada, agora, se você tiver um saco de batatas lavadas e devidamente ensacada, ela já vai ter o dobro do preço”, explicou ele.

Se por um lado o professor defende para o produtor rural um processo de constante aprimoramento em sua área de trabalho com pesquisas, por outro, ele observa uma dificuldade deste público em ter acesso a atualização de conhecimentos, especificamente aqueles indivíduos acima dos 50 anos.  Sobretudo nestes casos ele aponta os programas de TV e rádio como aliados na difusão do conhecimento.

Fonte: Ascom Senar/SE