O Complexo Solar Nova Sergipe está previsto para ser instalado em Canindé de São Francisco, no alto sertão sergipano. Em função disso, a área que fica localizada nas proximidades do povoado Capim Grosso, passou por uma vistoria realizada pela Administração Estadual do Meio Ambiente (Adema).

O objetivo da inspeção é avaliar as condições do local para a instalação do empreendimento, considerando vegetação, recursos hídricos e infraestrutura. Além disso, também é verificada a existência ou não de Áreas de Preservação Permanente (APPs) e Reserva Legal (ARL) na extensão do terreno.

“Tem uma parte de vegetação nativa e uma outra parte já bastante antropizada [cujas características originais foram alteradas] que é utilizada para pasto. Essa área é favorável por ser plana, com pouca vegetação, sendo propícia para a instalação do empreendimento. Também encontramos torres de transmissão em todo o terreno onde o empreendimento vai ser instalado e um rio cortando parte da área, que tem mata ciliar preservada e vai servir como Reserva Legal para este empreendimento”, diz o fiscal da Adema, Alessandro Bezerra.

O local deverá receber oito parques fotovoltaicos, implantados pela Atiaia Energia, numa área aproximada de mil hectares. A previsão é de pelo menos R$1,5 bilhão em investimentos. Segundo a empresa, o município de Canindé foi escolhido pela sua viabilidade técnica, por ser privilegiado pela irradiação solar, atributo essencial para a geração de energia solar.

A estimativa é que o Nova Sergipe produza 400 megawatts de energia por hora, gerando abastecimento para cerca de 1.800.000 pessoas com energia limpa. A duração prevista para a obra é de cerca de 30 meses, com uma média entre 70 e 75% de absorção de mão-de-obra de moradores do município.

por Beatriz Fernandes e Aisla Vasconcelos
com informações da Adema