Para os sertanejos, as chuvas são aclamadas. Porém, associados ao grande volume de água e as consequentes enxurradas, há fatores preocupantes. Com o grande volume de água, o lixo, argila, galhos de árvores e outros materiais são lançados para o leito de riachos, causando impactos na oferta de água tratada. Conforme informações da assessoria de imprensa da Companhia de Saneamento de Sergipe (Deso), esta situação provocou uma redução entre 40% a 60% na produção para possibilitar que a água seja tratada e distribuída à população, afetando principalmente os sistemas de captação do Alto Sertão e Semiárido do Estado de Sergipe.

A situação é preocupante, conforme a Deso, no Riacho Capivara, que deságua no Rio São Francisco, no povoado Ilha do Ouro, em Porto da Folha, onde estão localizados as captações daqueles sistemas. Com as enxurradas, estes materiais são depositados no leito do riacho Capivara, carreados pelo afluente e depositados no Rio São Francisco, conforme a Deso.

“Durante esse período, a água bruta, que na maioria das vezes apresenta cor e turbidez em níveis muito próximo de zero, eleva para índices que superam 1000 unidades”, destaca trecho da nota enviada pela assessoria de imprensa da Deso. O que dificulta a atividade e causa morosidade no processo de tratamento da água. “Por conta desse fator, em alguns momentos o processo de tratamento da água recebe redução de produção”, destaca a Deso. Nos últimos 15 dias, conforme cálculos da Deso, houve períodos em que a redução variou de 40% a 60% da capacidade de produção dos sistemas, que produzem em média 300 l/s de água, em cada um.

Este cenário, de acordo com a Deso, é frequente em períodos chuvosos, principalmente nos municípios de Monte Alegre e Porto da Folha, onde são verificadas enxurradas e concentração de argila, lixo, folhas e galhos de árvores e materiais de diversos tipos, que ficam depositados no leito do riacho Capivara.

por Cassia Santana