O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, deu sinais de que os brasileiros estão próximos de saber os nomes que irão compor seu Ministério. Segundo Lula, o anúncio deve ocorrer depois dessa quarta-feira, dia em que estará chegando de Buenos Aires. A apresentação dos nomes ocorrerá aos poucos. A causa da demora na divulgação dos nomes está na disputa interna dos partidos e o excesso de candidatos para as vagas. A ansiedade é tanta que o prefeito de Aracaju, Marcelo Déda, durante o encontro com Humberto Costa, coordenador da área social da equipe de transição, disse que é preciso ter cuidado com os sentimentos de ansiedade e decepção. “Alguém precisa dizer a Lula que o sentimento de ansiedade é pior do que o da decepção”, disse Déda. Antes de tomar a decisão final, Lula terá que entrar em sintonia com os partidos aliados, fechando um critério comum de escolha. Os aliados defendem que o presidente eleito apresente a vaga para que os partidos ofereçam o escolhido. NOMES – No PPS, Ciro Gomes já mostrou que tem interesse em participar do Governo. O presidente do partido, Roberto Freire, de Pernambuco, cobiça a pasta de Ciência e Tecnologia. No PSB, além da disposição de Anthony Garotinho de opinar, há pelo menos três candidatos ao Ministério: Beto Albuquerque, Roberto Amaral e Eduardo Campos, neto do presidente do partido, Miguel Arraes. No PCdoB, a disputa estaria entre Agnelo Queiroz, do Distrito Federal e Aldo Rebello, de São Paulo, preferido do presidente do partido, Renato Rabelo. Mas há ainda os “curingas” como José Dirceu, Antônio Palocci, Luiz Gushiken, José Graziano, Luiz Dulci, Celso Amorim, Gilberto Carvalho e até dom Mauro Morelli. Além disso, aposta-se muito em Marina Silva, para a pasta do Meio Ambiente; Antoninho Trevisan para o Planejamento, José Genoino na Secretaria Nacional de Segurança; Luiz Eduardo Greenhalg para a Reforma Agrária, Benedita Silva na Secretaria de Assistência Social, e Jaques Wagner no Trabalho.