A manhã deste sábado, 26, foi de mobilização de voluntários para fazer a limpeza da praia de Atalaia e Cinelândia que voltou a registrar manchas de óleo. Os voluntários se concentraram na Passarela do Caranguejo e seguiram pela praia. O trabalho segue até o meio dia, com uma pausa para o almoço e retorna das 14h até às 16h.

De acordo com o integrante da Frente Socioambiental Sergipana Flávio Marcel, o chamamento público é uma resposta da população para o descaso do poder público.

“Convocamos as pessoas e muitas vieram. Todos os dias chegam manchas nas nossas praias e há um descaso dos responsáveis como o governo federal que devia intervir mais forte, mas não está fazendo seu papel. As pessoas estão vindo também para pressionar para que o poder público atue. Semanalmente estamos vindo pra cá e as manchas sempre estão aparecendo”, lamenta.

Luan Loureiro, um dos organizadores do Projeto Praia Limpa, está na praia desde as primeiras horas da manhã e destaca o que é preciso para participar da mobilização. “Estamos diante do maior impacto ambiental dos últimos tempos e Sergipe está contido neste contexto. Cobramos um plano de contingência mais ativo e que o teste de balneabilidade seja feito de forma rotineira. Dispomos de alguns materiais, mas que as pessoas possam trazer o seu equipamento de proteção como Luva, máscara, porque o odor está forte, um tênis velho e uma pá para a retirada dos dejetos da areia”, orienta.

Com a mobilização do projeto Praia Limpa a engenheira de pesca, Alana Cabral decidiu se somar a causa. “Eu vi pelas redes sociais a mobilização, unir as amigas e viemos ajudar. Trouxemos o que tínhamos como pá e máscara. Aqui nos doaram luvas e outros materiais para fazer a limpeza. Infelizmente está sendo um desastre de dimensão catastrófica”, lamenta a engenheira.

Além dos voluntários, equipes da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Sema), Emsurb e Petrobras estiveram auxiliando na limpeza.

Audiência

No dia 29, haverá uma audiência às 14h na Assembleia Legislativa (Alese) para discutir os impactos ambientais e cobrar efetivação nas ações e responsabilização dos culpados.

por Aisla Vasconcelos