Lojas já abasteceram prateleiras com novas opções de material escolar (Fotos: Portal Infonet)

As lojas de material escolar da capital já começam a receber clientes para as compras do ano letivo 2013. Segundo comerciantes, o aumento dos preços nos livros didáticos pode chegar a 30%, o que tem atraído movimento nas papelarias e livrarias mais cedo durante o período. Para quem quer economizar na hora de adquirir os itens da lista escolar, a ordem é se antecipar e comparar não só os preços, mas a qualidade dos produtos.

Segundo Maurício Souto, administrador de uma papelaria localizada no Centro de Aracaju, a vilã dos preços do material escolar é a reformulação dos livros didáticos. “A cada ano os mesmos livros são adotados pelas escolas, com apenas algumas pequenas mudanças. Mesmo estando novo, o livro se perde de um ano para o outro, tanto para o cliente como para o lojista. Isso sem contar o aumento, que foi abusivo neste ano”, diz.

Lojista ensina macetes na hora das compras

Entre os produtos com maior variação de preço estão os lápis de cor, que a depender da marca pode variar entre R$ 3,50 e R$ 16 por caixa com 12 cores. Para os cadernos, fichários, agendas, mochilas e lancheiras, a ilustração é que determina o preço. As opções variam desde cadernos de dez matérias básicos, que custam em média R$ 7, até outros mais elaborados, que chegam a R$ 40.

Dicas

Maurício Souto ensina alguns macetes para conseguir diminuir os custos do material escolar. “Alguns fabricantes renomados costumam disponibilizar uma segunda linha com a mesma qualidade, mas sem a marca tradicional. Isso barateia o preço, e o cliente tem acesso a um produto similar”, destaca.

O lojista afirma ainda que os produtos licenciados tendem a encarecer a lista de compras. “Quando o produto tem a estampa de um personagem cuja imagem depende do pagamento de licença, ele acaba ficando mais caro. Fica mais em conta comprar produtos com motivos mais genéricos. No caso dos cadernos, o preço chega a ficar 50% mais caro nos licenciados”, diz.

Despesas

À direita, livro didático vigente em 2012, e à esquerda, edição reformulada para 2013

O encarregado de obras Célio Roberto Santos, pai de três filhos em idade escolar, aproveitou o final de ano para adiantar as compras da volta às aulas. “Gastei R$ 350 só para comprar os livros, e ainda tem alguns faltando na lista. Sem contar o resto do material, que vou deixar para comprar mais tarde. Separei o décimo terceiro só para esses gastos, e mesmo assim a gente sempre acaba apertando o orçamento”, conta.

Por Nayara Arêdes e Kátia Susanna