Extrema (MG) – Principal negociação do futebol paulista, trocar a Vila Belmiro pelo Parque São Jorge rendeu a Fábio Costa o rótulo de jogador mais badalado do Corinthians em 2004. Apenas o colombiano Freddy Rincón – ídolo do time recentemente -, divide com o goleiro a atenção da mídia e a expectativa do torcedor. A condição imposta exclusivamente pela transferência incomoda o jogador, que se esforça para ser discreto no Parque São Jorge. “Cada jogador tem sua importância e não me considero estrela, privilegiado ou melhor do que ninguém”, afirmou. Ele apoia sua idéia na inconstância da posição. “Goleiro é complicado. Ficar acima do bem ou mal para atacante, tudo bem. Perde duas chances e marca na terceira que está tudo bem. Mas goleiro é diferente”. A responsabilidade também é enorme. Fábio Costa não pode falhar. Caso contrário, todo o carinho da torcida durante a apresentação oficial pode se transformar em irritação. E vaias, críticas e xingamentos. “Eu fui muito bem recebido e o que passou, passou. Tenho um objetivo claro: ganhar títulos. O resto, só o tempo vai dizer”, afirmou o goleiro. Personagem das confusões entre santistas e corintianos durante a temporada passada, assustou o carinho da torcida durante a apresentação oficial de Fábio Costa no Parque São Jorge. A identificação aumentou com o marketing empregado pelo goleiro. A frase “sou totalmente maloqueiro” não poderia causar impacto negativo entre os fiéis. Fábio Costa não está totalmente à vontade entre os novos companheiros. Mas começa a mostrar sinais de sua personalidade forte. A cada treinamento, aumenta o tom de voz com os zagueiros. Tudo para tentar acertar a defesa, setor bastante criticado na última temporada. “Isso é uma coisa que eu sempre fiz na minha carreira. Tenho uma posição privilegiada do jogo e tenho obrigação de orientar”, afirmou. Para o goleiro, Anderson e Marquinhos são jogadores altos e tem de utilizar essa característica para “intimidar os atacantes”