São Paulo (SP) – Marcelinho Carioca desembarcou no início da manhã deste domingo no Brasil. Aliviado por voltar ao país, o meio-campista fez importante denúncia ainda no saguão do aeroporto internacional de Cumbica (Guarulhos). “Nunca tinha acontecido na Arábia (Saudita). Só que é importante dizer que tem muito jogador que não recebe, mas se submete a essa situação até o final”, disse. Alegando não receber salários, o meio-campista obteve sua liberação na Fifa. Entretanto, o Al Nasser ignorou esta determinação. E conseguiu manter o jogador brasileiro na Arábia Saudita porque a federação de futebol daquele país não emitia a liberação necessária para Marcelinho retornar ao Brasil. Segundo divulgado nos últimos dias, os dirigentes do Al Nasser e da federação local pretendiam liberar Marcelinho apenas se ele “esquecesse” o dinheiro que deveria receber. “Você fica chateado…faz o contrato todo direitinho, quando chega existe cordialidade muito grande. Mas depois, no segundo mês, o salário não veio mais”, explicou o jogador. Marcelinho ainda recomendou a Rivaldo não aceitar as investidas de clubes da Arábia Saudita que pretendem contratar o meia pentacampeão do mundo. “Por mais que você coloque tudo no contrato, é preciso uma atenção muito grande. SE ele puder receber tudo antecipadamente, melhor”, contou o ex-jogador corintiano. O meio-campista ainda agradeceu o trabalho realizado pelo corpo diplomático brasileiro na Arábia Saudita. “Pensava que passaria o Ano Novo lá porque a situação estava muito difícil. Mas sinto orgulho de ser brasileiro depois do suporte que recebi da embaixada brasileira como cidadão”, finalizou. Após as festas de fim de ano, Marcelinho deve analisar algumas propostas para jogar no Brasil em 2004. O Vasco da Gama, clube que o jogador defendeu antes de seguir para a Arábia Saudita, voltou a demonstrar interesse em contar com o meio-campista.