Mais uma vez, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da saúde ouvirá ex-secretários. Na próxima segunda-feira, 20, às 14h, prestarão depoimentos André Sotero e Luciano Paes, que estiveram à frente da pasta na gestão de Edvaldo Nogueira (PCdoB) e João Alves Filho (DEM), respectivamente.

O presidente da CPI, Seu Marcos (PHS), explicou que espera tirar “bastante” material da sessão, já que, em um mês, termina o prazo das investigações. “Esperamos que seja bastante proveitosa, já que no dia 15 de setembro deve ser apresentado o relatório”.

O relator Isac Silveira (PCdoB) destacou que, neste momento, não foram vislumbradas irregularidades, mas que há um ponto que gera bastante incômodo aos membros da CPI. “Na verdade, há a contradição de informações, e aí não temos condições de aferir quem é o portador da mentira. O que há é um caminho mais tranquilo para se solucionar depois que os contratos passaram para o Estado. Como nossa CPI analisa os anos de 2012 a 2017, concluímos que somente uma investigação no campo judicial poderá constatar isso”.

Na avaliação de Isac, a CPI pode ser estendida por mais tempo. “Tenho entendimento que pode haver prorrogação. Estamos fazendo análise jurídica. Estamos construindo o relatório. Ainda acho que há muito o que investigar, porque as vezes não temos todas as condições necessárias. Será um relatório farto de evidências, que pode levar o Ministério Público a agir para melhorar a relação entre SUS, usuários e filantrópicos”, finalizou.

Por Victor Siqueira