Advogado de João Alves revela que quadro de saúde do político é delicada (Foto: Pedro Leite/AAN)

A defesa de João Alves Filho (DEM) pediu à Justiça que seja feito um exame médico para provar, oficialmente, que o ex-prefeito da capital e ex-governador sofre com do mal de Alzheimer.

A incidência de sanidade, como é chamado o teste, serve, de acordo com seu advogado, Cristiano Cabral, para mostrar que o político não tem condições mentais para ser penalizado em eventuais comprovações de irregularidades na sua última gestão à frente da Prefeitura de Aracaju.

“Ele já foi diagnosticado e sofre com a doença de Alzheimer. Após a citação, apresentamos a defesa em relação às operações Antidesmonte e Caça-Fantasmas, que deflagraram uma série de processos. Pedimos a instauração do exame. Requeremos o sigilo de justiça para preservar o cliente e sua família. É um caminho que se adota com base no código penal diante desse quadro”, alegou Cabral.

Caso o pedido seja deferido, a justiça irá nomear um perito para fazer o exame. De acordo com o advogado, a situação de João é delicada. “Não tem condições nenhuma de responder, a doença avançou muito. Temos indícios de que, na época em que era prefeito, ele já sofria com o mal”.

Com a intenção de confirmar o diagnóstico, a defesa acredita que consiga fazer com que não haja uma imputação de crime. “Aí, os equívocos passam a ser avaliados como não intencionais. Vai depender de um exame oficial. É isso que queremos”, finalizou o advogado.

Acusado

João Alves FIlho é alvo de denúncias de ex-servidores da Prefeitura de Aracaju e do Ministério Público Estadual (MPE), por chefiar a prática de nomeação de funcionários que recebiam sem trabalhar, os chamados 'fantasmas'. A sua irmã, Marlene Calumby, ex-secretária de Governo, também é uma das acusadas. Uma investigação do MPE apontou que João chegou a pagar R$1,2 milhão a 22 fantasmas. 

Por Victor Siqueira