PCCV: Governo enfrentará novo conflito no Samu

Jackson anuncia PCCV com o olhar fixo em sindicalista (Fotos: Cássia Santana/Portal Infonet)

O Plano de Cargos, Carreira e Vencimentos (PCCV) dos servidores públicos anunciado pelo governador Jackson Barreto (PMDB) na manhã desta sexta-feira, 20, foi bem aceito entre os sindicalistas, representantes dos servidores públicos da administração geral e também da própria classe médica.

Mas, de acordo com as previsões do Sindicato dos Médicos do Estado de Sergipe (Sindimed), o Governo enfrentará um novo conflito com os médicos que atendem ao Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) não contemplados com o PCCV.

O presidente do Sindimed, João Augusto Oliveira, explica que há distorções salariais entre os médicos estatutários e aqueles regidos pela Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) contratados pela Fundação Hospitalar de Sergipe. “Ainda há aqueles que não são das fundações nem estatutários que desempenham as mesmas funções e como os das fundações recebem remunerações diferenciadas”, considera o sindicalista.

Elisson: camisa guardada e momento de glória

Para o presidente do Sindimed, as distorções salariais são irregulares. “É uma situação que tem que ser discutida com o Governo em outro momento”, observou Augusto Oliveira. Questionado pelo Portal Infonet durante a coletiva concedida nesta manhã para apresentação do PCCV, o governador Jackson Barreto demonstrou sensível à problemática e garantiu que o Governo está aberto a novos entendimentos.

Jackson Barreto informou que o Governo iniciará um debate específico sobre as questões relacionadas aos médicos do Samu quando a categoria apresentar efetivamente o pleito.

Glória

Servidores vinculados ao Sintrase compareceram ao Palácio de Despachos para assistir ao anúncio do governador vestidos com a camisa oficial do sindicato na qual estão estampadas frases de cobrança do PCCV e valorização dos servidores.

Waldir Rodrigues: "está ótimo"

O acessório que embalou as campanhas do sindicato em defesa do PCCV não será esquecido, mas também não mais será utilizado pelos servidores, segundo advertiu o merendeiro Elisson Vieira Silva, que também integra a diretoria do Sintrase. “Esta camisa vai ficar guardada, nem a mendigo eu vou doar para que não seja usada irregularmente em campanha política”, observou. “A partir de agora estamos em momento de glória, é o primeiro governo a fazer o plano de carreira”, justificou.

O presidente do Sintrase, Waldir Rodrigues, garante uma trégua ao governo. “O que tem de aprovado pelo Governo está ótimo”, conceituou o sindicalista. O projeto de lei proposto pelo Governo, que estabelece a carreira e a remuneração dos servidores e prevê reajuste linear de 6,38% será enviado à Assembleia Legislativa na segunda-feira da próxima semana, 23. A perspectiva é que a proposta seja aprovada sem alterações.

Por Cássia Santana