Subvenções: delegada de polícia colhe novas provas

Delegada Daniele Garcia realiza novas diligências (Foto: Arquivo Portal Infonet)

Apesar de concluído o inquérito, a delegada Daniele Garcia, titular da Delegacia Especializada em Crimes Contra a Ordem Tributária e Administração Pública (Deotap), continua investigando o paradeiro das verbas de subvenções destinadas pela Assembleia Legislativa a entidades do terceiro setor. Nesta nova fase, a delegada está atendendo a solicitação do Ministério Público Estadual e tem mobilizado a equipe para realizar novas diligências.

Neste inquérito policial, foram indiciados o ex-deputado Raimundo Vieira, o Mundinho da Comase, o presidente da Ala Jovem e Ygor Henrique Batista de Vasconcelos, irmão de Augifranco e sócio da empresa que firmou contratos com a Ala Jovem, por crimes de peculato, desvio de verbas públicas, associação criminosa e lavagem de dinheiro.
Mas nesta outra fase da investigações, a delegada Daniele Garcia ouviu depoimentos de outras cinco pessoas e recebeu novas provas. A delegada não informa detalhes, mas revela que estas novas provas já foram encaminhadas para a perícia técnica.

Por meio da delação premiada, assinada pelo ex-deputado Mundinho da Comase e pelos irmãos Augifranco e Ygor Vasconcelos, os promotores de justiça Henrique Cardoso, Jarbas Vasconcelos e Bruno Melo, envolvidos na investigação, juntamente com a delegada Daniele Garcia, desvendaram que cerca de 60% das verbas de subvenções retornaram aos bolsos dos parlamentares que fizeram as indicações e que outra parte se concentra nas mãos dos dirigentes das entidades que se propõem a fazer a devolução dos recursos aos deputados.

A ação criminal tramita no Poder Judiciário. Outra parte das investigações foi encaminhada para a Procuradoria Geral de Justiça porque os envolvidos exercem mandato de deputado estadual e possuem foro privilegiado para responder às acusações no Tribunal de Justiça.

Por Cássia Santana