Professores temem medidas em Itaporanga D´Ajuda

Estudantes fazem manifestação em frente à prefeitura (Foto enviada por manifestante ao Sintese)

É de apreensão o clima neste fim de gestão no município de Itaporanga D´Ajuda. Professores e estudantes temem os efeitos das medidas que estão sendo adotadas pela prefeita Gracinha Garcez (PMDB), que começou a reduzir os contratos de prestação de serviços e também a demitir alguns servidores que possuem cargos comissionados no município.

Nesta segunda-feira, 10, estudantes, com apoio do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado de Sergipe (Sintese), realizaram uma manifestação para tentar impedir que as medidas afetem o transporte escolar. “A situação é precária e está afetando as áreas de assistência social e também da saúde”, avalia o professor Uilson Meneses, diretor de base do Sintese.

Os estudantes, segundo o sindicalista, temem os reflexos destas medidas e observam que o número de veículos do transporte escolar poderá ficar reduzindo, o que implicará superlotação e até a evasão escolar por falta de meio de transporte. “Vamos aguardar, se isso ocorrer, vamos denunciar tudo ao Ministério Público e também ao Conselho Tutelar, que é quem cuida da criança e do adolescente”, enalteceu Uison Meneses.

Os estudantes realizaram uma manifestação na porta da prefeitura e exigiram uma explicação da prefeita. A assessoria de imprensa da prefeitura informou que a prefeita Gracinha Garcez recebeu os manifestantes, garantiu que as medidas que estão sendo adotadas não trará impactos negativos para o município e revelou que os estudantes foram mobilizados por falsas informações que circularam nas redes sociais.

Segundo a assessoria, a prefeita está cumprindo as recomendações feitas pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) para impedir problemas para o sucessor, Otávio Sobral, eleito pelo PSDB com 54,76% dos votos válidos. No município, a prefeita Gracinha Garcez disputou a reeleição, mas obteve 45,24% dos votos válidos, um quantitativo insuficiente para garantir a manutenção do mandato.

Por Cássia Santana