SES contesta prazo para obras do Hospital Câncer

Secretária Joélia Silva: "Projeto foi readequado" (Foto: Arquivo Portal Infonet)

A afirmação do vereador pastor Roberto Morais (PR) quanto ao prazo para apresentação de provas de que o Hospital do Câncer está sendo construído em Sergipe, vence no próximo dia 30 de junho, foi contestada na manhã desta segunda-feira, 10, pela Secretaria de Estado da Saúde (SES), que lembrou não se tratar de ano eleitoral.

O vereador informou que esteve em Brasília, onde apurou que para que a verba empenhada para o Governo Federal seja liberada, precisaria, pelo menos, que tivesse sido colocado apenas um tijolo.

“No dia 30 de junho, vencerá o prazo para que o Estado de Sergipe apresente provas de que o Hospital do Câncer está sendo construído. Por esse descaso, perderemos a primeira emenda empenhada pela presidente Dilma. O que é lamentável diante da necessidade da população”, lamenta o parlamentar.

Roberto Morais: "Lamentável diante da necessidade da população" (Foto: Andressa Barreto)

De acordo com a secretária de Estado da Saúde, Joélia Silva Santos, a equipe de arquitetura realizou diversas reuniões, inclusive com os cirurgiões oncológicos. O projeto foi readequado, ampliado e colocamos algumas áreas que não estavam contempladas no projeto inicial.

“A construção está próxima. Já demos a ordem de serviço para os projetos complementares, que envolvem a terraplanagem e demais obras necessárias para o início da construção do hospital. Nós ouvimos os profissionais da Oncologia para adaptar o projeto às reais necessidades da nossa realidade, principalmente com os cirurgiões oncológicos que, até então, não haviam participado dessa discussão”, ressalta.

A secretária disse ainda que a elaboração do projeto do HC foi pensada de forma a reduzir os custos operacionais da unidade, com estratégias para diminuir o consumo de energia e melhoria do acesso. “A unidade irá contar com 43 leitos de quimioterapia para adultos e 24 leitos de quimioterapia infantil, além de 06 salas de cirurgia. Também está prevista a construção de um laboratório de análises, ambulatório, cozinha, lavanderia, farmácia, auditório, setor de fisioterapia e uma Central de Material e Esterilização (CME)”, explica Joélia Silva.

Equipamentos

Segundo o diretor de Planejamento da SES, Evandro Galdino, a compra dos equipamentos é uma prioridade para o funcionamento da unidade. Os recursos garantidos até agora não atendem sequer à construção total do Hospital. Temos R$ 47 milhões garantidos, destes R$ 15 milhões são através do Proinveste.

“Nós já trabalhamos nos projetos básicos e nos termos de referência dos equipamentos para o hospital. O projeto prevê a instalação de 02 aceleradores lineares, um aparelho de braquiterapia, 02 tomógrafos, dois raios-x, um eletrocardiograma, 02 ultrassons, um mamógrafo, um aparelho de cintilografia, um de ressonância magnética, pet scan entre outros. É importante ressaltar que o projeto arquitetônico nesse momento aguarda análise da Vigilância Sanitária, enquanto os projetos complementares já tiveram a licitação realizada e estão na Cehop. A previsão é de que em quatro meses possamos concluir essas obras complementares”, destaca Evandro Galdino.

Prazo

O diretor de planejamento esclareceu também que não trabalha com o prazo de 30 de junho, pois a vigência do convênio é até 31/12/2014. “Desconheço onde o vereador buscou esta informação, pois o prazo de 30 de Junho para iniciar obras, dá-se somente em ano eleitoral, o que não é o caso de 2013”, enfatiza.

Ele informou que a construção do Hospital do Câncer irá possibilitar uma melhoria significativa para os pacientes Oncológicos do SUS em Sergipe. Ao todo, serão investidos R$ 80 milhões (somente na parte de obra – fora equipamentos) que prevê uma área total de 21.651,74 m², distribuídos em cinco pavimentos.

“O projeto contempla setores específicos com 30 leitos para internação infantil e 120 leitos para internação de adultos, além de 10 leitos de UTI para os adultos e 10 para crianças. Desde o ano passado, a Secretaria de Estado da Saúde vem conversando com profissionais da Saúde ligados à Oncologia para adaptar o projeto arquitetônico para a realidade local”, finaliza.

Por Aldaci de Souza