Pacientes oncológicos do SUS continuam sem quimioterapia

Uma das clínicas conveniadas que estão sem medicamentos (Foto: Portal Infonet)

Por falta de medicamento, parte dos pacientes oncológicos do Hospital Cirurgia continuam sem receber tratamento de quimioterapia. O serviço foi suspenso em outubro por causa de débitos com as clínicas particulares conveniadas que atendem os pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS). De acordo com o Cirurgia, o Hospital não pôde repassar todo o pagamento às clínicas porque a Prefeitura de Aracaju não saldou a dívida que já ultrapassa os R$ 7 milhões. 

Ainda segundo informações do Hospital, no dia 11 de novembro a PMA saldou parte das dívidas. Com o valor pago, o Cirurgia repassou às clínica uma parte do dinheiro e, em reunião, solicitou que os medicamentos para o tratamento fossem comprados. Porém, até a manhã desta quarta, 23, os tratamentos ainda não tinham sido retomados.

Rossana Sales, administradora da Oncocirurgia, uma das clínicas conveniadas, que atende 400 pacientes do SUS, informou ao Portal Infonet que está pagando os fornecedores e retomando o atendimento. A expectativa é de que os pacientes em tratamento voltem a ser atendidos na próxima semana. "Agradecemos o apoio dos pacientes que foram solidários a nossa situação. Estamos fazendo de tudo para que o tratamento seja retomado e não ocorram mais interrupções", ressaltou Sales.

SMS

Entramos em contato com a Secretaria Municipal de Saúde que informou que "os recursos que custeiam o tratamento oncológico de quimioterapia e radioterapia são, em sua totalidade, federais. No Estado, existem duas Unidades de Alta Complexidade em Oncologia (Unacon), habilitadas pelo Ministério da Saúde, para fazer tratamento quimioterápico e radioterápico: o Hospital de Beneficência Cirurgia e o Hospital João Alves Filho (Huse).

A SMS destaca que não tem nenhum tipo de contrato com a empresa que presta o serviço de tratamento quimioterápico no Hospital Cirurgia. O contrato é direto com a unidade hospitalar, para a qual os repasses federais – que cobrem 100% dos custos com tratamentos quimioterápicos e radioterápicos -, estão rigorosamente em dias".

Por Jéssica França