Direitos e Deveres do Músico são discutidos em palestra

Para comemorar a posse da nova diretoria do Sindicato dos Músicos de Sergipe (SINDMUSE) foi realizado nesta sexta-feira, 19, uma palavra que teve o tema “Direitos e Deveres do Músico" que foi ministrada pela presidente da Federação Internacional de Música, Débora Shining, no auditório da Biblioteca Epifâneo Dórea, em Aracaju.

De acordo com a presidente da Federação Internacional de Música, Débora Shining, muitos músicos ainda não estão cientes de quais os seus direitos e deveres. “É uma relação como outra qualquer que tem o patrão, empregado, direito e deveres. É preciso entender isso que o musico coloque o seu pé no chão na hora que ele tem que pagar a conta ele saber que é cidadão comum e na hora que ta na atividade vira um semideus e pro publico principalmente”, diz.

Débora Shining ainda vai além e afirma que todos os músicos possuem direitos e deveres. “O músico tem direito tal qual qualquer trabalhador, a gente tem direito a aposentadoria, férias, auxílio-doença, maternidade, mas para que a gente tenha o direito, tem algumas obrigações como recolhimento de INSS. O músico não recolhe INSS e não sei qual é essa dificuldade porque ele tem que entender que também se aposenta. Essa ambiguidade do termo aposentadoria, o músico só para quando morre, mas ele precisa ter um ganha pão a mais como sempre teve, o sindicato é uma obrigação como qualquer outra profissão”, afirma.

Expectativa

De acordo com o presidente do Sindicato dos Músicos de Sergipe (Sindmuse), Tonico Saraiva os músicos sergipanos estão na expectativa de avanços para a categoria. “Tem muita coisa que o músico sergipano não conhece, mas a gente pediu socorro a três sindicatos Paraíba, Rio Grande do Norte e Rio de Janeiro, pois eles têm experiência para dar apoio ao Sindmuse. Os músicos estão na maior expectativa com o Sindmuse, é como se todos os músicos sergipanos estavam doentes e de repente chegou uma vacina que vai curar todos. Fico muito feliz porque ouço cada minuto o telefone toca, é um músico dizendo que está botando fé”, garante.

Ainda de acordo com Tonico Saraiva, o Sindicato vai tentar colocar em prática as leis para beneficiar os músicos sergipanos. “Torcer pra gente colocar em pratica as leis que já é de direito do músico, funciona e vamos só aplicar. O sindmuse veio para afinar esses empresários do show artístico. Vamos aplicar a lei, uma noticia boa para o Sindicato é que todos os contratos públicos e privados terão que passar pelo sindicato, acredito que isso já é um avanço esses contratos passarem pelo sindicato para que não haja esses superfaturamentos dos shows”, afirma.

Durante a palestra, o representante do Sindicato dos Músicos da Paraíba, Plutarco Sales Filho fez a defesa da não criação das OSs. “Eu como a maioria dos músicos somos contra a transformação de uma orquestra seja estadual ou municipal em OS. A OS é uma organização social que é criada para que os gestores possam utilizar os recursos da forma mais arbitraria possível sem precisar justificar nada. A orquestra formada por servidores e transformada em OS é a mesma coisa de decretar a extinção da orquestra porque os músicos vão tocando ou fica doente, se aposenta e o quadro que inicialmente é de 90 músicos por exemplo, vai criando a vacância e se não faz o concurso para o cargo, depois de dez anos não tem mais orquestra”, acredita.

Filiação

Os músicos interessados em se filiar podem se dirigir até a sede da Central Única dos Trabalhadores (CUT) a terça e quinta-feira, das 14h às 17h. Fone 3044-229.

Por Aisla Vasconcelos