O objetivo da Cipe, segundo o deputado, é defender o Rio de projetos e legislações prejudiciais a sua sobrevivência. “Ela consiste em um grupo de estudo cuja atuação se desenvolve em dois segmentos principais. O primeiro, técnico, objetiva diagnosticar os conflitos de interesses nos usos múltiplos dos recursos naturais; o segundo, político, objetiva promover articulações que viabilizem as soluções indicadas pelo segmento técnico”, explicou o presidente da AL. Para a sessão especial, a Comissão convidou técnicos, políticos – entre eles o governador João Alves Filho -, estudiosos do tema, entidades representativas e organizações não governamentais. “Nós temos sempre levantado questões sobre o rio, ouvindo pessoas das mais diversas áreas, para encontrar saídas para os problemas relacionados ao São Francisco”, justificou o deputado.
O debate que está acontecendo na Assembléia Legislativa de Sergipe, sobre transposição, é uma iniciativa da Comissão Interestadual Parlamentar de Estudos para o Desenvolvimento Sustentável de bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (Cipe) Sergipe. A Comissão, que aqui em Sergipe é presidida pelo deputado estadual Antônio Passos (PFL), foi criada em 1992 e é formada pelas casas legislativas dos Estados de Alagoas, Bahia, Minas Gerais, Pernambuco e Sergipe. 
Hoje, a Cipe São Francisco tem levantado, conforme Passos, duas bandeiras: o processo de revitalização, um dos objetivos pelo qual a Comissão foi criada, e o combate ao processo de Transposição do rio. “No dia de hoje cabe a Cipe discutir o problema do Velho Chico com relação a transposição. Esta Comissão sempre se posicionou contra este projeto, que foi idealizado pelo ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso. Este é um projeto equivocado e que não vai resolver o problema do Nordeste Setentrional nem daqueles que vivem as margens do rio”, opinou o deputado durante a sessão especial.
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