Especialista fala sobre meteorologia no Nordeste

Dentre outras coisas ele falou sobre o comportamento climático no planeta e suas conseqüências nos continentes, explicando fenômenos como o El Nino, La Nina, o crescimento da camada de ozônio e os motivos do aquecimento global.

Na ocasião o professor Oribe explicou que na histórica de secas no Nordeste brasileiro de 1900 para cá, especialistas puderam observar que estes fenômenos acontecem através de ciclos que respeitam um intervalo de 11 a 13 anos para acontecerem e que como a última grande seca aconteceu entre os anos de 1997/98, espera-se que a próxima ocorra até 2010.

“A Terra é um organismo vivo e possui seus ciclos característicos que podemos constatar analisando séries históricas e a próxima seca pode ser prevista acompanhando este movimento, mas estes intervalos entre uma seca e outra não acontecem de forma precisa e os maiores estudiosos do mundo aceitam uma variação de três anos para mais ou para menos”, disse Oribe que ao analisar o ano de 2006 prevê que a grande seca possa ocorrer até mesmo a partir do próximo ano, ou seja, 2007.

“Este ano, as probabilidades maiores é que haja um inverno de poucas chuvas, configurando o que chamamos de seca verde, onde as lavouras crescem, mas não recebem a água necessária no momento que mais precisam, ou seja, quando afloram, e aí perde-se a produção de grãos”, enfatizou o professor, fazendo questão de ressaltar que esta é uma tendência muito forte e não uma certeza absoluta.

O professor Oribe, disse ainda, que a falta de chuvas na região Nordeste atualmente, acontece pela existência de uma frente fria que está ancorada entre os Estados do Espírito Santo e Rio de Janeiro. E ainda segundo o especialista dificilmente este ano, São José irá poder ajudar os agricultores nordestinos.