Ainda há indefinição no Tribunal de Contas

Se a liminar que mantém o Conselheiro Hildegards Azevedo no Tribunal de Contas, cair, o governador João Alves Filho conseguirá emplacar um aliado fiel no cargo até o dia 15 de dezembro, quando termina o período legislativo deste ano? Na maioria dos analistas de plantão, não. E por que não?

Como o candidato de João Alves, deputado federal José Carlos Machado tem a oposição de Edvan Amorim (genro do governador) e ainda do senador Antonio Carlos Valadares, que não quer ver seu sobrinho Pedrinho Valadares como deputado titular no Congresso, o governador pode não conseguir a maioria necessária para ver Machado no Tribunal de Contas do Estado.

Partindo desse raciocínio lógico, especialistas no assunto dizem que se a liminar que sustenta Hildegards cair, será o mesmo que uma vitória de Pirro para o governador João Alves Filho. Apenas sacrifica o amigo Hildegards que ainda tem chance de ver os 75 anos para a aposentadoria compulsória ser aprovado no Congresso Nacional.

A briga pelo TCE

Qual a opção de João Alves Filho para o Tribunal de Contas? No momento, o seu chefe da Casa Civil, Flávio Conceição. Mas, este a Senadora Maria do Carmo não quer nem ouvir falar. Se ela não morre de amores por José Carlos Machado, ainda mais por Flávio Conceição.

Quem gostaria de vê-lo sentado no Tribunal de Contas é Edvan Amorim, que capitalizaria essa nomeação. Mas, se depender do governador eleito Marcelo Deda, Hildegards Azevedo fica até completar os 71 anos.

Porque seria a maneira de fazer uma nomeação para o Tribunal de Contas, rompendo uma seqüência conservadora. Mas ao que se sabe, o governo do Estado ainda não argüiu a liminar concedida pelo Desembargador Pascoal Nabuco, conservando Hildegards no Tribunal embora ele já tenha completado os 70 anos. É sinal de que ele estaria realmente com dificuldades para chegar a um consenso dentro de sua própria casa.

Por Ivan Valença