Reintegração: Famílias deixam casas no Eduardo Gomes

Moradores desocupam as casas (Fotos: Portal Infonet)

Algumas famílias tiveram que desocupar seis imóveis na manhã desta sexta-feira, 11. As residências ficam situadas na rua H do conjunto Eduardo Gomes, município de São Cristóvão.

As residências foram desocupadas e demolidas, por meio do mandado de reintegração de posse da justiça de São Cristóvão, desferida em favor do proprietário do terreno. Para que fosse cumprida a determinação, equipes da Polícia Militar e oficiais de justiça estiveram no local para fazer valer a decisão.

O proprietário do terreno, que preferiu não ser identificado, esteve no local e informou que “Aqui é um terreno privado e eu tenho posse há pouco mais de três anos. O pessoal começou a cercar o local e eu até estive aqui com os policiais que pediram que eles parassem de construir, mas eles não deram importância”, conta.

Após a chegada da polícia e dos oficiais, a reintegração de posse foi pacífica e os moradores optaram por fazer a retirada dos móveis da residência. Um trator também foi levado ao local para que realize a demolição das casas.

Famílias

Grávida de dois meses, Verônica Caetano diz que não sabia que o imóvel tinha dono Oficiais de Justiça e Polícia Militar estiveram no local

Grávida de dois meses, a moradora Verônica Caetano dos Santos, afirmou não saber que o terreno tinha proprietário. “Viemos pra cá porque soubemos que aqui era uma área de resto de terreno e o local estava abandonado. Limpamos o local e têm uns oito meses que construímos as casas. Se soubesse que tinha dono, a gente não tinha gastado dinheiro aqui. Aqui nunca teve dono, era um matagal. A gente pede uma moradia porque não temos para onde ir”, diz emocionada.

Indignado, Lucas Costa, diz que os moradores não têm para onde ir. “A gente vai botar nossas coisas no mato aqui atrás. Trabalhamos de dia à noite para tudo ser jogado no chão de uma hora para outra”.

Segundo a oficial de justiça, Sara Rejane, os moradores já tinham sido avisados que o local tinha proprietário. “Eu vim aqui há dois meses informar que o local seria demolido porque tinha dono. Inclusive instruir eles da desocupação pacifica, só que 15 dias depois, ao retornar, eles já estavam finalizando as casas”, afirma.

Por Aisla Vasconcelos