Trio elétrico: juiz ouve testemunhas de atropelamento

Momento da audiência (Fotos: Cássia Santana/Portal Infonet)

O juiz Paulo Marcelo Silva Lêdo, da 1ª Vara Criminal da Comarca de Nossa Senhora do Socorro, ouviu, nesta quarta-feira, 24, as primeiras testemunhas arroladas pelo Ministério Público Estadual no processo judicial que trata da tragédia ocorrida no carnaval do ano passado em Nossa Senhora do Socorro, quando um trio elétrico desgovernado atropelou e matou dois foliões e deixou uma terceira pessoa ferida.

Das 16 testemunhas arroladas pelo MPE, apenas cinco compareceram à audiência e prestaram depoimento. O promotor de justiça Francisco Ferreira de Lima Júnior não abriu mão da oitiva das demais testemunhas e nova audiência foi marcada para o mês de dezembro.

O advogado Márcio Cavalheiro Alves, que atua na defesa do motorista Alessandro Siqueira Silva, que guiava o trio elétrico, encontrou divergências nos laudos periciais e solicitou a inclusão de um dos peritos do Instituto de Criminalística do Estado de Sergipe no rol de testemunhas. A solicitação foi acatada pelo juiz Paulo Marcelo.

Juiz acata pedido da defesa

Segundo explicações do advogado, um perito teria revelado problemas mecânicos no sistema de frenagem do veículo e o outro perito não teria mencionado esta deficiência no laudo pericial. O advogado Saulo Eloy atua na defesa de João Luiz de França, coordenador da festa carnavalesca no Conjunto Jardim, o cenário da tragédia. “Neste momento, está em discussão a responsabilidade e muita coisa ainda será debatida, mas posso garantir que o meu cliente tomou todas as providências necessárias”, ressaltou Eloy.

O acidente

O acidente aconteceu no dia 10 de fevereiro do ano passado. O adolescente Anderson Bezerra Soares da Silva, 12, morreu no local,  Isaías de Oliveira Lessa, 11, sobreviveu, mas morreu no dia seguinte no Hospital de Urgência de Sergipe (Huse), e Joana Carla de Jesus saiu ferida.

Por Cássia Santana