Taxista é assassinado a tiros em Aracaju

Taxista era defensor de lotação (Fotos: Cássia Santana/Portal Infonet)

O taxista Sidney de Souza, 36, foi assassinado na manhã desta sexta-feira, 11, no Loteamento Bela Vista, no bairro Cidade Nova, em Aracaju. De acordo com informações da família, ele saiu de casa [no mesmo loteamento], por volta das 5h, a pé e seguia para um condomínio próximo para pegar o veículo com o intuito de iniciar a atividade profissional nesta sexta.

“Por que fizeram isso com meu irmão. Ele era trabalhador, não era marginal”, gritava Maria Lúcia Souza Santos, irmã mais velha da vítima, que invadiu a cena do crime e se abraçou ao corpo. “Ninguém vai vingar a morte dele, Deus vai fazer justiça”, desabafou, entre lágrimas, ainda transtornada com a violência. A mãe deles lutava contra um câncer e faleceu há cerca de uma semana. “É muita tragédia para uma família”, lamentava uma das vizinhas da vítima.

Os primeiros levantamentos indicam que o crime tenha sido cometido com homens que ocupavam um veículo de cor branca.

Maria Lúcia: justiça sem vingança

Ele residia com a sogra, Maria das Graças Oliveira, 55, na rua 3, bem próximo à rua A, onde o crime aconteceu. A vítima deixa esposa e dois filhos [um com 17 anos e outro com 13]. A família não compreende o motivo do crime. “Não sabemos nada, não temos ideia como isso aconteceu”, desabafa a sogra da vítima. “Ele todo dia saía de casa às 5 horas da manhã para pegar o carro e trabalhar [ele era defensor de um taxi lotação da linha Sanatório/Centro da Cidade]. Hoje, pouco depois que ele saiu, viram e foram lá em casa avisar”, disse.

Segundo informações do vice-presidente do Sindicato dos Taxistas de Aracaju (Sintax), Gerson Ferreira, este é o sexto taxista assassinado neste ano. Ele cobra investigação rigorosa e providências da Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP) para elucidar os crimes. “A categoria espera que a polícia dê respostas à sociedade”, disse.

Gerson Ferreira: sexto assassinato

“É inadmissível”, complementa o sindicalista, numa referência à violência contra taxistas.

Por Cássia Santana