Aracaju registra aumento de 5,72% na cesta básica

A Pesquisa Nacional da Cesta Básica realizada mensalmente pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) indicou alta no preço do conjunto de produtos alimentícios essenciais. Ocorreu aumento nas 16 capitais pesquisadas, sendo que a capital sergipana ficou em terceiro lugar com um aumento de 5,72%, perdendo somente para Fortaleza (9,42%) e Rio de Janeiro (8,20%).

Apesar do aumento, Aracaju ainda é uma das cidades com a cesta básica mais barata, com um valor equivalente a R$ 149,77. É preciso trabalhar cerca de 94 horas e desembolsar 46,34% do salário para poder comprar os produtos alimentícios essenciais.

Dentre os gêneros que tiveram maior aumento em março estão o tomate, o café e a manteiga. O tomate foi o que teve o maior índice de elevação, correspondente a 37,27%. O que, para o Dieese, foi conseqüência das fortes chuvas, seguidas de calor intenso que deve ter prejudicado as plantações. No entanto, produtos como o arroz, óleo de soja, feijão e carne registraram quedas significativas. 

Salário justo

Tomando por base os dados da cesta básica mais cara do país, R$ 192,94 em Porto Alegre,  e levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deveria ser suficiente para cobrir as despesas de um trabalhador e sua família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o Dieese estima que o salário mínimo necessário deveria ser, em março, de R$ 1.620,89, (4,63 vezes o mínimo vigente), valor superior ao apurado em fevereiro, quando correspondia a R$ 1.562,25 e ao verificado para março de 2006 (R$ 1.489,33).