Comerciários e comerciantes não fecharam acordo

Luiz Moura

Empregados e empresários do comércio não fecharam acordo na reunião ocorrida terça-feira, 14. Havia a expectativa de que o acordo seria finalizado nessa terceira rodada, mas a contraproposta dos patrões ficou aquém do piso salarial de R$ 660,00 proposto pelos trabalhadores. A Superintendência Regional do Trabalho e Emprego, SRTE, representada pelo mediador José Fontes Silva, fez mediação na tentativa de finalizar o processo de negociação mas não houve consenso entre as partes.

A proposta feita pelos patrões é de que o piso não especializado passe a ser R$ 628,00 e o especializado R$ 640,00, por isso ainda há divergência em relação ao percentual do reajuste salarial. Na primeira proposta apresentada pela classe patronal, em 02 de fevereiro, e recusada pelos comerciários, os pisos eram R$ 625,00 e R$ 635,00, respectivamente. Os empregadores ainda querem que os empregados trabalhem em dois feriados: 17 de Março e 21 de Abril.

O economista Luiz Moura, do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos, tem afirmado, desde a primeira rodada de negociação, que as empresas do comércio de Sergipe têm condições de pagar ao comerciário um piso superior a R$ 660,00, pois o volume de vendas tem proporcionado a todas um bom faturamento.
Os representantes dos comerciários que pediam inicialmente o piso de R$ 681,09 (reajuste de 9,5%) reduziram para R$ 660,00. “Como a nova proposta apresentada pelos patrões ainda está muito abaixo dos anseios da categoria, vamos esperar que os patrões apresentem uma recomposição salarial decente aos comerciários, que estão insatisfeitos e desmotiva dos ganhando salário mínimo”, informa o presidente da Federação dos Empregados no Comércio e Serviços no Estado de Serviço, Ronildo Almeida.

Atualmente, são cerca de 100 mil empregados no comércio de Sergipe.

Fonte: Ascom Fecomse