Sergipe tem combustível mais caro do Nordeste

Sergipe tem combustível mais caro do Nordeste (Foto: Portal Infonet)

“Como pode o nordeste ter a menor renda per capita do país, o Brasil ser um país auto-suficiente em petróleo e ser o maior em preço de gasolina?” Questionou um consumidor sergipano ao ser entrevistado pela reportagem do Portal Infonet. O sentimento de revolta é o mesmo para todos os consumidores sergipanos, já que, segundo a Agência Nacional do Petróleo (ANP), o valor do combustível no Estado é de 6,44%, o maior do nordeste.

De acordo com a pesquisa realizada pela ANP Aracaju é a capital do nordeste com o maior aumento do preço da gasolina. Nos postos de gasolina, o preço do litro varia entre 2,89 até 2,98. Para o Psicólogo Tiago Cavalcante, o aumento é absurdo. “O nordeste não devia ter um aumento tão abusivo. Nada justifica esse aumento, já que o nordeste tem a menor renda per capita do país”, diz.

Para o presidente do Sindicato dos Postos de Combustíveis, Flávio Andrade, os preços variam de acordo com a decisão de cada posto de gasolina. Segundo ele os donos de postos têm autonomia para tabelar seu preço. “Temos que tomar por base o seguinte: hoje os preços são livres e  isso é liberado. Cada posto faz sua planilha de custo. O aumento que o governo deu foi para as refinarias, mas agente não compra de lá, compramos das distribuidoras que compram das refinarias. Na minha ótica os preços estão dentro do que observamos, pois os encargos são responsáveis por esse aumento, já que as cargas tributarias no pais são altas”, justifica.

Tiago Cavalcante "Aumento é absurdo"

Segundo o estudo, Aracaju registrou a variação da gasolina de 6,9% , enquanto Maceió e Salvador tiveram uma alta de 5,4% e 5,3% respectivamente. Recife teve aumento de 4,7% e Fortaleza 6%. A maior alta foi registrada no Amapá com 7,18%, nas semanas analisadas. Os demais estados que registraram alta no combustível foi Ceará com 5,75%, Pernambuco com 5,13%. Os estados que registraram menor preço no combustível foram Mato Grosso com 1,77%, Maranhão com 2,19% e Minas Gerais com 2,83%