Reajuste: indefinição da PMA preocupa servidores

Nilson Lima: sem perspectivas (Foto: Arquivo Portal Infonet)

A Prefeitura de Aracaju ainda não abriu o diálogo com os servidores públicos do município para discutir o reajuste salarial que será concedido às categorias neste ano. O secretário Nilson Lima, de Finanças, admite problemas e diz que a equipe está comprometida em buscar alternativas para equilibrar as finanças públicas para, então definir o índice que será ofertado pela prefeitura. Para Lima, a data base da categoria é o mês de abril e não janeiro como acreditam os servidores públicos.

Nilson Lima voltou a dizer que a atual gestão herdou débitos que estão deixando a situação insustentável, observando que há um passivo no valor de R$ 149 milhões referentes a débitos não empenhados. “São despesas que foram contraídas sem disponibilidade financeira, que vão comprometer o orçamento”, diz. “Estamos ainda sangrando do ponto de vista fiscal”, garante.

O presidente do Sindicato dos Servidores Públicos do Município de Aracaju (Sepuma), Nivaldo Fernando dos Santos, diz que a categoria está preocupada diante das incertezas. A reivindicação também não está definida. “Vamos aguardar a publicação dos gráficos para avaliar o crescimento da receita corrente líquida para depois definir que índice que devemos solicitar”, comenta o sindicalista.

O presidente do Sepuma reclama das últimas medidas adotadas pelo prefeito João Alves Filho em editar decretos extinguindo as comissões de trabalho, que analisam inquéritos administrativos e sindicâncias, insalubridade e periculosidade e a titulação. “Nilson Lima faz terror, quer implantar terrorismo de quebradeira do município para ofuscar a cobrança dos servidores quanto ao reajuste salarial”, observa o sindicalista.

O secretário Nilson Lima diz que a edição dos decretos se traduz em medida para equacionar as finanças. “Diante dos desmandos administrativos, o prefeito teve que assinar estes decretos para que os novos gestores avaliem a necessidade de pagamento destes benefícios”, enalteceu o secretário.

Por Cássia Santana