“Em primeiro lugar, quero dizer que a Bahia inteira é totalmente contra a transposição do São Francisco”, disse Antônio Magalhães, sendo amplamente aplaudido pelos presentes ao auditório da OAB.

Depois, ele falou que conversaria com Paulo Souto, governador da Bahia, para que juntos, tentassem encontrar uma solução em conjunto. “Neste país, já chamamos atenção há dez anos, mas não se fez um plano hídrico para o Nordeste. Se isso fosse feito, poderíamos evitar essa polêmica em torno da transposição”.

Adiante, Magalhães fez um alerta ao presidente da República: “A decisão do presidente Lula é política. Não há dúvida que é política. Ele acha que é um tanto forte para apresentar em sua campanha, algo que não vai acontecer”. Segundo ele, é difícil o financiamento externo para uma obra como esta.

Logo depois, ACM disse que o projeto seria uma espécie de contribuição às empreiteiras, que seriam as únicas interessadas na concretude da transposição. O senador citou ainda as medidas que devem anteceder a transposição, e completou: “Eu as ouvi do governador João Alves”, mas segundo ele, nada foi dito por Ciro Gomes.

ACM alertou ainda para o fato de que “o governo já se adiantou para fazer a transposição sem fazer o que o Ibama pediu… Que o projeto não vai acabar com a seca, isso já está altamente demonstrado, ao contrário, vamos ter maiores dificuldades depois da transposição”.

“Não acredito em interesses políticos por parte do ministro. Do Ceará, ele já tem o que ele precisava, que é o balanço hídrico. Acredito que se ele for candidato no Rio de Janeiro, até lá, o rio São Francisco no vai existir”, brincou ACM.