Foi retomado na manhã desta terça-feira, 9, o julgamento do réu Anderson Santos Souza, acusado de matar o delegado Ademir Melo em julho de 2016, durante uma caminhada no bairro Luzia, em Aracaju. Neste segundo dia de júri, há a expectativa para que o réu seja interrogado pelo juiz.

O julgamento teve início na manhã desta segunda, 8, na 5ª Vara Criminal do Fórum Gumersindo Bessa. Ao longo do dia de ontem foram ouvidas seis testemunhas. De acordo com o advogado Joseph Barreto, que faz a defesa do acusado, a irmã do delegado Ademir Melo também foi ouvida. Ainda segundo a defesa, uma testemunha que estava na cena do crime afirmou que a pessoa na moto não era Anderson já que era um homem alto e forte e que não tinha a ver com o acusado.

Para esta terça, o advogado destacou que além da oitiva do réu também haverá os debates entre acusação e defesa, além da apresentação de algumas provas que foram colhidas durante a fase de instrução processual.

Relembre

O delegado foi morto a tiros no dia 18 de julho de 2016 durante uma caminhada no bairro Luzia, em Aracaju. A Polícia Civil concluiu o inquérito policial, indiciando o acusado pelo crime de latrocínio [matar para roubar]. Anderson Souza foi preso e chegou a participar da reconstituição do crime. 

Quando foi ouvido na fase de instrução processual, o réu se limitou a dizer que era “inocente” e optou por permanecer em silêncio, justificando que a atitude seria necessária “para preservar a própria integridade física”. O advogado da família de Ademir Melo defende a tese de crime de mando.

por João Paulo Schneider