A técnica de enfermagem Lídia Santos, suspeita de ocultar o corpo do companheiro em uma mala e coloca-la em uma geladeira, foi ouvida mais uma vez pelo delegado Tarcísio Tenório, responsável pela investigação. A oitiva ocorreu na manhã desta segunda-feira, 2, no Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico de Sergipe. A informação foi confirmada pela advogada Katiuscia Barbosa, responsável pela defesa da acusada.

Segundo a defesa, até o momento, Lídia não se pronunciou sobre a paternidade da sua filha, muito menos sobre a possibilidade de ter recebido algum tipo de benefício ou aposentadoria de Celso Adão, após sua morte.

A defesa disse ainda que aguarda o atestado de sanidade do Hospital de Custódia, onde a suspeita permanece à disposição da Justiça. E que, provavelmente, o relatório do delegado será finalizado ainda essa semana.

Relembre

Um corpo em estado de decomposição foi encontrado no último dia 20 de setembro, dentro de uma mala que estava no interior de uma geladeira, em um apartamento na rua Leonel Curvelo, no bairro Suíssa, em Aracaju. Na ocasião,  a moradora do apartamento foi encontrada desacordada com indícios de tentativa de suicídio.

A mulher foi levada ao DHPP, onde confessou o crime de ocultação de cadáver e disse que o homem estava armazenado na geladeira desde 2016. Ela negou que matou a vítima, mas confessou que teria saído para trabalhar e, no retorno, encontrado o homem morto. A mulher disse ainda que, por medo, guardou o corpo na geladeira.

As investigações apontaram que corpo encontrado dentro da geladeira  é do advogado e jornalista gaúcho, Celso Adão Portella. E que, segundo o INSS, ele recebeu aposentadoria até 2019, cerca de três anos após a sua morte.

A criança, que estava no apartamento, está sob responsabilidade de familiares.  Sua paternidade não foi confirmada.

Por Luana Maria e Verlane Estácio