Josenaldo dos Santos da Silva, popularmente conhecido como Naldo Borracheiro, foi julgado mais uma vez nesta quinta-feira, 4, pela morte de mais uma de suas vítimas, uma mulher que foi assassinada no conjunto Piabeta, em 2011. O julgamento ocorreu na 2ª Vara Criminal de Nossa Senhora do Socorro e o réu condenado a mais de 11 anos de prisão. O caso ganhou repercussão em Sergipe porque, na época, os corpos da vítimas foram encontrados enterrados no quintal de uma borracharia de propriedade do suspeito, no conjunto Marcos Freire II.

No processo, a defesa de Naldo Borracheiro apresentou um laudo de insanidade mental, que apontou que o réu tem transtorno de personalidade com instabilidade emocional e transtornos mentais e comportamentais devido ao uso de múltiplas drogas e de outras substâncias psicoativas.

A partir disso, a Justiça entendeu que Naldo era capaz de entender o caráter criminoso do fato, porém relativamente incapaz de determinar-se de acordo com esse entendimento.  Ao ser enquadrado como réu semi-imputável, Naldo continuou apto a responder criminalmente pelos seus atos, porém com redução de pena por causa dos transtornos mentais apontados pelos exames.

Neste novo julgamento, Naldo Borracheiro foi sentenciado a 11 anos e 11 meses de prisão em regime fechado. Ele já havia sido julgado pela morte de outras pessoas: uma vez em novembro de 2021, outra em 10 de fevereiro deste ano e outra dia 17 do mesmo mês.

O caso

Em maio de 2019, Josenaldo dos Santos da Silva, 36 anos, foi preso em flagrante suspeito de matar e ocultar os corpos de quatro pessoas no município de Nossa Senhora do Socorro. Na época, três dos quatro corpos encontrados foram identificados e se tratavam de Maria Aparecida da Conceição, José Batista Sobrinho e Denilson Manoel dos Santos.

Por Luana Maria e Verlane Estácio