Ontem, dia 18, pela manhã, a cidade de Aracaju foi palco de mais um crime. Por volta das 11h30, dois policiais militares de pré-nomes Amintas e Neto teriam sido responsáveis pela tentativa de homicídio de Marcos Eduardo Moraes Soares. Segundo o irmão da vítima, Carlos Moraes, o motivo do crime foi uma dívida no valor R$ 4.000, que o policial Amintas tinha para com Marcos Soares, resultante da venda de um automóvel.

Carlos Moraes explicou que seu irmão teria vendido um Fiat Tempra ao policial sob o acordo de receber o valor do negócio dentro de um prazo de 30 dias. Passado esse período Marcos Moraes teria acionado a Justiça para garantir que o pagamento dos R$ 4.000 acertados na venda do automóvel. Essa atitude teria irritado o policial Amintas e este assim que recebeu a intimação para comparecer em juízo para resolver a questão teria ligado para a vítima e perguntado onde ela estava sob o argumento de que estava levando o dinheiro devido.

Conforme o relato do irmão de Marcos Soares, antes de se dirigir para o local, o policial Amintas teria pegado seu colega de corporação, policial Neto, e durante o caminho o teria convencido de que a vítima, que era ex-percursionista da banda Calcinha Preta, tinha um envolvimento amoroso com sua esposa, também dançarina da banda. Chegando ao local, os dois PMs teriam agredido a vítima e Amintas, segundo a informação passada por Carlos Moraes, teria dito a Neto para atirar na vítima, que foi alvejada com um tiro na nuca.

Socorrido por populares, Marcos Soares deu entrada no Hospital João Alves em estado grave e no final da tarde foi submetido a uma intervenção cirúrgica para a retirada do projétil. Segundo, Carlos Moraes, o estado de seu irmão é estável. Ele acrescentou ainda, que os médicos cogitam a possibilidade da vítima ter a visão prejudicada em função da perda de massa encefálica e que até onde ele sabia, os dois PMs encontravam-se foragidos.