O balanço das ações integradas dos entes da segurança pública apontaram reduções nos índices de criminalidade durante os cinco dias de Carnaval em Sergipe. Em entrevista coletiva nesta quinta-feira, 7, a Polícia Civil, a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros deram um panorama da atuação de cada corporação no período.

Em todo o Estado foram registradas 67 prisões – 40 na capital e 27 no interior. Somente em Itabaiana, foram 12. As causas foram variadas: houve flagrantes por embriaguez ao volante, porte ilegal de arma de fogo, violência doméstica e tráfico de drogas.

A delegada Viviane Pessoa, da Coordenadoria de Polícia Civil da Capital (Copcal), comentou que o trabalho iniciou antes mesmo do Carnaval. “Ele vem sendo construído ano a ano através do trabalho de estatística, da mancha criminal e ações de prevenção. Fizemos uma operação com diversos mandados antes da festa e tivemos uma operação do Departamento de Narcóticos (Denarc) para evitar a entrada de entorpecentes em Sergipe. Os números foram dentro do esperado porque não tem como impedir que aconteçam os crimes, mas temos como trabalhar a prevenção e a parte educativa”.

Um dado destacado este ano foi a não ocorrência de homicídios nos eventos carnavalescos. Para o major Gilberto Melo, chefe do Estado Maior do Comando de Policiamento Militar do Interior (CPMI), atribuiu a marca ao trabalho dos policiais militares. “Cadastramos cerca de 200 eventos e distribuímos o policiamento. Foram mais de três mil policiais, o que resultou em 11 mil abordagens. Como resultado desse trabalho preventivo e ostensivo, logramos êxito na redução de alguns índices, a exemplo das operações de trânsito na CPTran e BPRv. Conseguimos diminuir a quantidade de acidentes e de vítimas fatais. Nesse período do carnaval, comparado com anos anteriores, houve uma redução significativa, e não houve nenhuma morte violenta nos grandes eventos que ocorreram em todo o Estado, apesar da grande concentração de público. O balanço é bem positivo”.

A major Carla Cristina, auxiliar da diretoria operacional do Corpo de Bombeiros, comentou que houve redução também nos números de afogamentos em praias e rios do Estado, e ainda fez um alerta. “Obtivemos êxito, trabalhamos incessantemente com a prevenção, orientando e advertindo banhistas com placas de sinalização em alguns locais. Como alguns insistem em ficar em locais inapropriados, os retiramos dali. Foram quinze afogamentos e duas mortes. Quando houveram os óbitos foi quando não estávamos no local. Uma vítima foi um pescador e outra foi um folião. No entanto, tivemos muitos casos de crianças perdidas em praias. Insisto em bater nessa tecla, então pedimos que os pais, nessas situações, coloque uma pulseirinha na criança com nome dos pais, nome da criança e telefone”, pediu.

Por Victor Siqueira